sábado, 31 de outubro de 2009

Flasko na TVA dia 02/11 as 20hWelly Arthur Silva reis

COMPANHEIROS,

 

Na próxima segunda, 02/11, será exibido documentário sobre a Flaskô, fábrica ocupada, no canal BlueTV, canal 18 da TVA.

Pedimos a todos assistirem. Aqueles que não possuem a TVA, podem assistir ao vivo pela internet www.bluetv.com.br.

 

Agradecemos

 

 

Pedro Santinho

Olá,

 

A matéria sobre a Flaskô irá ao ar na segunda-feira às 20hs no canal BlueTV, 18 da TVA ou no link ao vivo no site www.bluetv.com.br.

 

Um abraço

 

Larissa Laurelli




--
wanderci silva bueno

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Manifesto em defesa do MST

 

 
Manifesto em defesa do MST

Contra a violência do agronegócio e a criminalização das lutas sociais

 

As grandes redes de televisão repetiram à exaustão, há algumas semanas, imagens da ocupação realizada por integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em terras que seriam de propriedade do Sucocítrico Cutrale, no interior de São Paulo. A mídia foi taxativa em classificar a derrubada de alguns pés de laranja como ato de vandalismo.

 

Uma informação essencial, no entanto, foi omitida: a de que a titularidade das terras da empresa é contestada pelo Incra e pela Justiça. Trata-se de uma grande área chamada Núcleo Monções, que possui cerca de 30 mil hectares. Desses 30 mil hectares, 10 mil são terras públicas reconhecidas oficialmente como devolutas e 15 mil são terras improdutivas. Ao mesmo tempo, não há nenhuma prova de que a suposta destruição de máquinas e equipamentos tenha sido obra dos sem-terra.

 

Na ótica dos setores dominantes, pés de laranja arrancados em protesto representam uma imagem mais chocante do que as famílias que vivem em acampamentos precários desejando produzir alimentos.

 

Bloquear a reforma agrária

 

Há um objetivo preciso nisso tudo: impedir a revisão dos índices de produtividade agrícola – cuja versão em vigor tem como base o censo agropecuário de 1975 – e viabilizar uma CPI sobre o MST. Com tal postura,  o foco do debate agrário é deslocado dos responsáveis pela desigualdade e concentração para criminalizar os que lutam pelo direito do povo. A revisão dos índices evidenciaria que, apesar de todo o avanço técnico, boa parte das grandes propriedades não é tão produtiva quanto seus donos alegam e estaria, assim, disponível para a reforma agrária.

 

Para mascarar tal fato, está em curso um grande operativo político das classes dominantes objetivando golpear o principal movimento social brasileiro, o MST. Deste modo, prepara-se o terreno para mais uma ofensiva contra os direitos sociais da maioria da população brasileira.

 

O pesado operativo midiático-empresarial visa isolar e criminalizar o movimento social e enfraquecer suas bases de apoio. Sem resistências, as corporações agrícolas tentam bloquear, ainda mais severamente, a reforma agrária e impor um modelo agroexportador predatório em termos sociais e ambientais, como única alternativa para a agropecuária brasileira.

 

Concentração fundiária

 

A concentração fundiária no Brasil aumentou nos últimos dez anos, conforme o Censo Agrário do IBGE. A área ocupada pelos estabelecimentos rurais maiores do que mil hectares concentra mais de 43% do espaço total, enquanto as propriedades com menos de 10 hectares ocupam menos de 2,7%. As pequenas propriedades estão definhando enquanto crescem as fronteiras agrícolas do agronegócio.

 

Conforme a Comissão Pastoral da Terra (CPT, 2009) os conflitos agrários do primeiro semestre deste ano seguem marcando uma situação de extrema violência contra os trabalhadores rurais. Entre janeiro e julho de 2009 foram registrados 366 conflitos, que afetaram diretamente 193.174 pessoas, ocorrendo um assassinato a cada 30 conflitos no 1º semestre de 2009. Ao todo, foram 12 assassinatos, 44 tentativas de homicídio, 22 ameaças de morte e 6 pessoas torturadas no primeiro semestre deste ano.

 

Não violência

 

A estratégia de luta do MST sempre se caracterizou pela não violência, ainda que em um ambiente de extrema agressividade por parte dos agentes do Estado e das milícias e jagunços a serviço das corporações e do latifúndio. As ocupações objetivam pressionar os governos a realizar a reforma agrária. 

 

É preciso uma agricultura socialmente justa, ecológica, capaz de assegurar a soberania alimentar e baseada na livre cooperação de pequenos agricultores. Isso só será conquistado com movimentos sociais fortes, apoiados pela maioria da população brasileira.

 

Contra a criminalização das lutas sociais

Convocamos todos os movimentos e setores comprometidos com as lutas a se engajarem em um amplo movimento contra a criminalização das lutas sociais, realizando atos e manifestações políticas que demarquem o repúdio à criminalização do MST e de todas as lutas no Brasil.

 

Assinam esse documento:

Eduardo Galeano - Uruguai

István Mészáros - Inglaterra

Ana Esther Ceceña - México

Boaventura de Souza Santos - Portugal

Daniel Bensaid - França

Isabel Monal - Cuba

Michael Lowy - França

Claudia Korol - Argentina

Carlos Juliá – Argentina 

Miguel Urbano Rodrigues - Portugal

Carlos Aguilar - Costa Rica 

Ricardo Gimenez - Chile  

Pedro Franco - República Dominicana 

 

Brasil: 

Antonio Candido

Ana Clara Ribeiro

Anita Leocadia Prestes

Andressa Caldas

André Vianna Dantas

André Campos Búrigo

Augusto César
Carlos Nelson Coutinho

Carlos Walter Porto-Gonçalves

Carlos Alberto Duarte

Carlos A. Barão

Cátia Guimarães
Cecília Rebouças Coimbra

Ciro Correia

Chico Alencar

Claudia Trindade

Claudia Santiago

Chico de Oliveira

Demian Bezerra de Melo

Emir Sader

Elias Santos

Eurelino Coelho

Eleuterio Prado
Fernando Vieira Velloso

Gaudêncio Frigotto

Gilberto Maringoni

Gilcilene Barão

Irene Seigle

Ivana Jinkings

Ivan Pinheiro

José Paulo Netto

Leandro Konder

Luis Fernando Veríssimo

Luiz Bassegio  

Luis Acosta

Luisa Santiago

Lucia Maria Wanderley Neves

Marcelo Badaró Mattos

Marcelo Freixo

Marilda Iamamoto

Mariléa Venancio Porfirio

Mauro Luis Iasi

Maurício Vieira Martins

Otília Fiori Arantes

Paulo Arantes

Paulo Nakatani

Plínio de Arruda Sampaio

Plínio de Arruda Sampaio Filho

Renake Neves

Reinaldo A. Carcanholo
Ricardo Antunes

Ricardo Gilberto Lyrio Teixeira
Roberto Leher

Sara Granemann

Sandra Carvalho

Sergio Romagnolo

Sheila Jacob

Virgínia Fontes

Vito Giannotti 

 

 

Para subscrever esse manifesto, clique no link: http://www.petitiononline.com/boit1995/petition.html

 

 

 

 NPC - Núcleo Piratininga de Comunicação * Arte: Cris Fernandes * Automação: Micro P@ge

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Integrantes do MTD mantêm ocupação em prédio do Incra

Integrantes do MTD mantêm ocupação em prédio do Incra

A TARDE On Line

Arestides Batista | Agência A Tarde

Crianças e adultos passaram a noite na sede do órgão, em Sussuarana

 
 
 
Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Desempregados (MTD) mantêm, nesta terça-feira, 20, ocupação no prédio do Instituto Nacional de Colonização e
Reforma Agrária (Incra). Cerca de 300 pessoas estão no local desde a manhã desta segunda, 12, e dizem que só deixam o edifício após acordo. No grupo há crianças e bebês, que passaram a noite no espaço.
Os militantes querem pressionar o Incra a desapropriar duas fazendas em Vitória da Conquista, além de reconhecer os pré-assentamentos Carlos Marighella e Zumbi dos Palmares. Durante a ocupação nesta segunda, houve conflito entre integrantes do movimento e funcionários do Incra. A assessoria do Incra disse que não houve feridos graves, já Osmar Andrade, líder do MTD, disse que um homem de 73 anos foi hospitalizado após ser empurrado da escada na entrada do órgão.
 
Crianças e adultos passaram a noite na sede do órgão, em Sussuarana
 
 
 
O Incra informou, através da assessoria de imprensa, que não negociará enquanto os manifestantes permanecerem no prédio.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

GREVE PETROLEIRA!!!

 

Hoje começou uma greve dos petroleiros POR TEMPO INDETERMINADO pelos seus reajustes na campanha salarial e pela defesa do MONOPOLIO ESTATAL DO PETROLEO E DA PETROBRAS 100% ESTATAL.
A greve começa com força em Santos e Sergipe, com dificuldade no Para e Alagoas. No Rio de Janeiro foi um dos maiores movimentos dos ultimos anos.
A greve está sendo construída pela FNP (Frente Nacional de Petroleiros - Conlutas e InterSindical). A FUP (Federação Unica dos petroleiros, ligada a CUT) foi contra o movimento grevista.
Apesar de ainda não atingir as bases de todas as refinarias (não conseguiu se sustentar no Rio Grande do Sul e São José dos Campos), a greve começou mais forte do que imaginávamos, como no RJ.
Na certa, a greve tem que se expandir para conseguir de fato as conquista, mas tudo indica que este primeiro dia deve incendiar outras refinarias.

RE


Começa a greve petroleira no Litoral Paulist
a 

 

 

 

No Litoral Paulista, petroleiros cruzam os braços por um ACT justo

Quinta-feira, 15 de outubro, 9h da manhã


A greve começou!
Na Refinaria Presidente Bernardes, 100% da operação e 70% do administrativo estão em greve. No Terminal Alemoa, 100% dos trabalhadores - operação, administrativo e terceirizados! - estão paralisados.
No Terminal de São Sebastião, 100% da operação e 85% do adm estão de braços cruzados. Nos prédios da UN-BS, diversos trabalhadores aderiram ao movimento e entraram em greve.

Proposta vergonhosa
Os pontos mais críticados da única contraproposta apresentada pela Petrobrás foram o aumento real zero de salário; a discriminação entre aposentados e ativa, na medida em que divide a categoria através de abonos, gratificação contingencial, Remuneração Mínima por Nível e Regime (RMNR) e PLR; nenhuma melhoria na política já rebaixada de auxílio do Ensino Superior; a não-garantia do fim dos interditos proibitórios contra os sindicatos e o fim de todas as punições aplicadas aos petroleiros que participaram da última greve. E, além de ter feito somente propostas absurdas, ignorou as 197 cláusulas propostas pelos trabalhadores.
Entre os petroleiros de todo o Brasil, o sentimento é de desrespeito. A categoria não irá abrir mão de avanços econômicos e sociais nas cláusulas do ACT! Só com muita pressão conseguiremos alcançar melhores propostas! Esta é a lição que tivemos das campanhas salarais das outras categorias ocorridas no último período - todas tiveram reajustes acima do que a Petrobrás nos propôs. Vamos à luta!

Recado
No sentido de garantir a segurança das pessoas e da integridade das unidades contra qualquer tipo de acidente, o Sindicato orienta aos trabalhadores da zero hora que permaneceram na Refinaria e nos Terminais da Alemoa e São Sebastião, a manter operação-padrão, sem emissão de Permissão de Trabalho (PT).

 


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quarta-feira, 14 de outubro de 2009

ENC: Criminalização do Movimento Sem Terra na região de Bauru

 

Criminalização

O outro lado da ocupação feita pelo MST na fazenda grilada pela CUTRALE em Bauru


 

 

Criminalização do Movimento Sem Terra  na região de Bauru

 

A campanha pela criminalização dos movimentos sociais segue no Brasil. O mais novo capítulo tem velhos personagens - latifundiários "modernos" do agronegócio, imprensa, polícia militar e deputados e senadores ruralistas de um lado e trabalhadores rurais sem-terra de outro.

Desta vez o episódio se deu em terras públicas griladas pela maior multinacional de suco de laranja do mundo, a Cutrale, mais precisamente na fazenda Capim entre as cidades de Borebi e Iaras na região de Bauru, centro-oeste paulista, que foi ocupada por 250 famílias de sem-terra no fim de setembro passado. A Cutrale controla cerca de 30% de todo o mercado de suco de laranja do mundo e 98% de sua produção no Brasil são para exportação, principalmente para os EUA. Por conta dessa concentração de mercado, a multinacional já foi acusada, entre outras coisas, de formação de cartel.

Os donos da empresa têm uma fortuna de mais de R$ 2 bilhões, e o patriarca, José Cutrale Jr., filho do fundador do império, já foi colocado na lista dos homens mais ricos do mundo pela revista Forbes.

Na ocupação foram derrubados cerca de 3000 pés de laranja (7500 segundo a PM), produtos do latifúndio e da monocultura, controlados pelos novos coronéis beneficiados pela política econômica e agrária do governo. Nenhuma dúzia dessas laranjas chegará à mesa do trabalhador brasileiro. No entanto a derrubada dos laranjais foi transformada em espetáculo pela mídia local e depois nacional.

A cena do trator sobre os pés de laranja da Cutrale foi repetida à exaustão por vários canais de TV, como símbolo não do latifúndio ou da grilagem de terras, mas de uma ação destrutiva e criminosa do MST. Rapidamente outros atores entraram em cena. O primeiro foi o Judiciário de Lençóis Paulista, que apressou a reintegração de posse, em favor da Cutrale, executada em seguida pela polícia de Serra. Depois vieram os berros da bancada ruralista, principalmente da senadora Kátia Abreu (TO), e do senador Ronaldo Caído (GO), exigindo a abertura de uma CPI para investigar o MST. O INCRA também condenou a ocupação e, finalmente, o presidente Lula, que já colocou o boné do movimento, agora chama o episódio de vandalismo.

Enquanto latifúndio, judiciário, bancada ruralista e imprensa burguesa armam esse circo para defender a punição dos "culpados", mais de 1600 trabalhadores rurais já foram assassinados somente nos últimos 10 anos de luta pela reforma agrária no Brasil. Apenas 80 assassinos foram levados a júri, e um número insignificante foi efetivamente julgado e condenado.

No Brasil de Lula, segundo o próprio IBGE, aumentaram também os latifúndios, 46% das terras agricultáveis são controladas por 1% do total de proprietários. Grandes grupos financeiros, bancos e transnacionais aumentaram o controle do lucrativo agronegócio brasileiro, o que inclui também deixar imensas áreas cercadas sem produzir um grão de feijão e especular no mercado imobiliário rural.

Do outro lado da cerca, o orçamento para reforma agrária para 2010 foi cortado em 11,6%, e em 2009, da meta de 100 mil famílias prometidas pelo governo, apenas cinco mil haviam conseguido o acesso à terra até julho.
 

 

terça-feira, 13 de outubro de 2009

EM DEFESA DOS TRABALAHDORES DA MITSUBISHI

 

ABAIXO ASSINADO EM DEFESA DOS TRABALHADORES DA MITSUBISHI

Basta de perseguições contra os trabalhadores da MMC automóveis!

Imediata readmissão dos diretores sindicais demitidos!

À Ministra do Trabalho Maria Cristina Iglesias.

Prezada Ministra:

Diante da ameaça dos patrões de fecharem a fábrica, diante da sabotagem patronal e fechamento da fábrica

por parte dos patrões, eles se mobilizaram e tomaram as dependências da fábrica, inclusive contra a demissão

dos terceirizados e exigiram a contratação de todos.

Quando os patrões fecharam a fábrica os trabalhadores da MMC mobilizaram boa parte da população da cidade de Barcelona e conseguiram fazer com que os patrões reabrissem a fábrica. Mas não demorou muito e de maneira violenta demitiu a direção

do Sindicato Nova Geração e passou a perseguir e intimidar os trabalhadores dentro da fábrica, desrespeitando as

leis e os acordos coletivos.

Diante do exposto nós abaixo assinados, nos dirigimos à Ministra do Poder Popular para o Trabalho da Republica Bolivariana da Venezuela para que faça cumprir as leis e em respeito aos ideais da revolução, comungados pelo Presidente

Hugo Chávez, obrigue a direção da MMC a reincorporar os sindicalistas demitidos e cessem todas as perseguições!

Primeiros signatários no Brasil

• Roque Ferreira- do Sindicato dos Trabalhadores

Ferroviários de Baurú e Mato Grosso do Sul.

• Adilson Mariano- Vereador PT na cidade

de Joinville. Santa Catarina.

• Pedro Santinho- Conselho de Fábrica

da FLASKÕ. Fábrica ocupada e sob

controle dos trabalhadores, na cidade

de Sumaré. Estado de São Paulo.

Solicitamos que os sindicalistas do Brasil, os militantes sindicais, partidos e movimento populares assinem e enviem

esse abaixo assinado para;

• Ministra do Trabalho,

Maria Cristina Iglesias: mariacristina_iglesias@hotmail.com

Com cópias para: • Vice Ministro do Trabalho, Elio Colmenares:elio.colmenarez@mintra.gov.ve

• Vice Ministro do Trabalho, Ricardo Dorado: r.dorado@mintra.gov.ve

e para

• E no Brasil para:

 

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Esclarecimentos DO MST NACIONAL sobre últimos episódios veiculados pela mídia em relação a IARAS- Sao paulo.

Ano VII - nº 174                                                                                                                                                           Sexta-feira, 09/10/2009

 

 

ESCLARECIMENTOS SOBRE ÚLTIMOS EPISÓDIOS VEICULADOS PELA MÍDIA

 

Diante dos últimos episódios que envolvem o MST e vêm repercutindo na mídia, a direção nacional do MST vem a público se pronunciar.

1. A nossa luta é pela democratização da propriedade da terra, cada vez mais concentrada em nosso país. O resultado do Censo de 2006, divulgado na semana passada, revelou que o Brasil é o país com a maior concentração da propriedade da terra do mundo. Menos de 15 mil latifundiários detêm fazendas acima de 2,5 mil hectares e possuem 98 milhões de hectares. Cerca de 1% de todos os proprietários controla 46% das terras.

 

2. Há uma lei de Reforma Agrária para corrigir essa distorção histórica. No entanto, as leis a favor do povo somente funcionam com pressão popular. Fazemos pressão por meio da ocupação de latifúndios improdutivos e grandes propriedades, que não cumprem a função social, como determina a Constituição de 1988.

 

A Constituição Federal estabelece que devem ser desapropriadas propriedades que estão abaixo da produtividade, não respeitam o ambiente, não respeitam os direitos trabalhistas e são usadas para contrabando ou cultivo de drogas.

 

3. Também ocupamos as fazendas que têm origem na grilagem de terras públicas, como acontece, por exemplo, no Pontal do Paranapanema e em Iaras (empresa Cutrale), no Pará (Banco Opportunity) e no sul da Bahia (Veracel/Stora Enso). São áreas que pertencem  à União e estão indevidamente apropriadas por grandes empresas, enquanto se alega que há falta de terras para assentar trabalhadores rurais sem terras.

 

4. Os inimigos da Reforma Agrária querem transformar os episódios que aconteceram na fazenda grilada pela Cutrale para criminalizar o MST, os movimentos sociais, impedir a Reforma Agrária e proteger os interesses do agronegócio e dos que controlam a terra.

 

5. Somos contra a violência. Sabemos que a violência é a arma utilizada sempre pelos opressores para manter seus privilégios. E, principalmente, temos o maior respeito às famílias dos trabalhadores das grandes fazendas quando fazemos as ocupações. Os trabalhadores rurais são vítimas da violência. Nos últimos anos, já foram assassinados mais de 1,6 mil companheiros e companheiras, e apenas 80 assassinos e mandantes chegaram aos tribunais. São raros aqueles que tiveram alguma punição, reinando a impunidade, como no caso do Massacre de Eldorado de Carajás.

 

6. As famílias acampadas recorreram à ação na Cutrale como última alternativa para chamar a atenção da sociedade para o absurdo fato de que umas das maiores empresas da agricultura - que controla 30% de todo suco de laranja no mundo - se dedique a grilar terras. Já havíamos ocupado a área diversas vezes nos últimos 10 anos, e a população não tinha conhecimento desse crime cometido pela Cutrale.

 

7. Nós lamentamos muito quando acontecem desvios de conduta em ocupações, que não representam a linha do movimento. Em geral, eles têm acontecido por causa da infiltração dos inimigos da Reforma Agrária, seja dos latifundiários ou da policia.

 

8. Os companheiros e companheiras do MST de São Paulo reafirmam que não houve depredação nem furto por parte das famílias que ocuparam a fazenda da Cutrale. Quando as famílias saíram da fazenda, não havia ambiente de depredações, como foi apresentado na mídia. Representantes das famílias que fizeram a ocupação foram impedidos de acompanhar a entrada dos funcionários da fazenda e da PM, após a saída da área. O que aconteceu desde a saída das famílias e a entrada da imprensa na fazenda deve ser investigado.

 

9. Há uma clara articulação entre os latifundiários, setores conservadores do Poder Judiciário, serviços de inteligência, parlamentares ruralistas e setores reacionários da imprensa brasileira para atacar o MST e a Reforma Agrária. Não admitem o direito dos pobres se organizarem e lutarem.

 

Em períodos eleitorais, essas articulações ganham mais força política, como parte das táticas da direita para  impedir as ações do governo a favor da Reforma Agrária e "enquadrar" as candidaturas dentro dos seus interesses de classe.

 

10. O MST luta há mais de 25 anos pela implantação de uma Reforma Agrária popular e verdadeira. Obtivemos muitas vitórias: mais de 500 mil famílias de trabalhadores pobres do campo foram assentados. Estamos acostumados a enfrentar as manipulações dos latifundiários e de seus representantes na imprensa.

 

À sociedade, pedimos que não nos julgue pela versão apresentada pela mídia. No Brasil, há um histórico de ruptura com a verdade e com a ética pela grande mídia, para manipular os fatos, prejudicar os trabalhadores e suas lutas e defender os interesses dos poderosos.

 

Apesar de todas as dificuldades, de nossos erros e acertos e, principalmente, das artimanhas da burguesia, a sociedade brasileira sabe que sem a Reforma Agrária será impossível corrigir as injustiças sociais e as desigualdades no campo. De nossa parte, temos o compromisso de seguir organizando os pobres do campo e fazendo mobilizações e lutas pela realização dos direitos do povo à terra, educação e dignidade.

 

São Paulo, 9 de outubro de 2009

 

DIREÇÃO NACIONAL DO MST

 

 

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quarta-feira, 7 de outubro de 2009

aumenta a concentração da propriedade da terra no Brasil 7 de outubro.

Aumenta a concentração da propriedade da terra no Brasil

07/10/2009 12:15

Editorial do BRASIL DE FATO, sao paulo, ed. 345

Esperamos que o governo e as diversas instituições que atuam no campo tomem em conta a dramaticidade dos dados que movimentos sociais já vinham denunciando

07/10/2009

Editorial ed. 345

 

Na semana passada, o IBGE divulgou com algum atraso, os resultados do Censo Agropecuário relativos a 2006. Os dados são um retrato estatístico da realidade agrária brasileira, medida pela visita dos pesquisadores em todos os estabelecimentos rurais do país, e tomando depoimentos dos seus titulares. A sua publicação ensejou muitos comentários em toda imprensa. E somente com estudos mais apurados e cuidadosos poderemos ter, a partir de agora, inúmeras análises, que possam nos explicar melhor a realidade do meio rural e suas tendências.

Enquanto isso, um olhar sobre as principais tabelas divulgadas já nos permite tirar diversas conclusões, algumas delas apresentadas, inclusive, pelos comentaristas do próprio IBGE, que são de suma importância.

1- A propriedade da terra no Brasil continua se concentrando cada vez mais, comparando os dados do último de censo de 1996 com o atual de 2006. Diminuiu o número de estabelecimentos com menos de 10 hectares. Eles representam os pobres do campo, e eram em 2006 cerca de 2,5 milhões de famílias. A área ocupada por eles baixou de 9,9 milhões de hectares para apenas 7,7 milhões, correspondendo a apenas 2,7% da área total brasileira. No outro lado, temos apenas 31.899 fazendeiros que dominam 48 milhões de hectares em áreas acima de mil hectares. E outros 15.012 fazendeiros com áreas superiores a 2.500 hectares, que totalizam 98 milhões de hectares. São os fazendeiros do agronegócio, que representam menos de 1% dos estabelecimentos, mas controlam 46% de todas as terras.

2 - Esse dado fez com que a concentração da propriedade da terra medida pelo índice de Gini pulasse de 0,852, em 1996, para 0,872 em 2006. Assim, o Brasil ultrapassou o Paraguai, e hoje, certamente, somos o país de maior concentração da propriedade rural.

3 - A produção também se concentrou e se diferenciou. De um lado, a grande propriedade do agronegócio se especializou em produtos para exportação, como soja, milho, cana e pecuária, que dominam a maior parte das terras. Esses três produtos usam 32 milhões de hectares, enquanto os principais alimentos da dieta brasileira usa apenas 7 milhões de hectares para plantar arroz, feijão, mandioca e trigo.

4 - A agricultura capitalista do agronegócio ficou mais dependente do capital financeiro e das empresas transnacionais. O valor bruto da produção agrícola (PIB agrícola) foi de 141 bilhões de reais, em 2006. Destes, 91 bilhões produzidos pelo agronegócio, mas precisou de 80 bilhões de reais de credito rural dos bancos e da poupança nacional para poder produzir. Já a agricultura familiar, produziu 50 bilhões de reais, e utilizou apenas 6 bilhões de reais.

5 - A agricultura familiar produziu comida, e para o mercado interno. O agronegócio produziu commodities, dólares, para o mercado externo. Por isso é dominada pelo controle das grandes empresas transnacionais que controlam o mercado e os preços. As 20 maiores empresas que atuam na agricultura tiveram um PIB de 112 bilhões no ano de 2007. Ou seja, praticamente toda produção do agronegócio é controlada na verdade por apenas 20 grandes empresas. E, em sua maioria, estrangeiras.

6 - O rosto social do povo que vive no meio rural. Há também no censo um retrato da realidade social do meio rural. E a dura realidade emerge nos indicativos de educação. Cerca de 35% de todos os homens adultos e 45% das mulheres, que moram e trabalham no meio rural, não sabem ler e escrever. Apenas 7% da população que mora no meio rural tem o ensino fundamental (8 anos de escola) completos.

Esses dados e outros que não pudemos comentar aqui, por questão de espaço, são reveladores das graves conseqüências desse modelo do capital financeiro e das transnacionais sobre a nossa agricultura, que produziu essa dicotomia entre o modelo do agronegócio e a agricultura familiar. Revela, como as políticas publicas paliativas do Pronaf, Bolsa Família, Luz para Todos, e algum apoio para moradia, são insuficientes para corrigir as graves distorções econômicas e sociais, resultantes da concentração da propriedade da terra e da produção. Daí a atualidade e urgência de uma verdadeira política de reforma agrária, que não seja mais apenas distribuir terras, como o capitalismo industrial clássico fez, mas sim um processo de reestruturação e democratização amplo, do acesso a terra e da reorganização da produção, para abastecimento de alimentos saudáveis, respeitando o meio ambiente, e para o mercado interno. A chamada reforma agrária popular.

Esperamos que o governo e as diversas instituições que atuam no campo, tomem em conta a dramaticidade dos dados, que os movimentos da Via Campesina e as pastorais sociais já vinham denunciando, pois está em curso no Brasil, na verdade, uma contra-reforma agrária, um processo de maior concentração da propriedade e da produção, nas mãos de apenas um por cento de fazendeiros capitalistas, subordinados aos bancos e as empresas transnacionais.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

ENC: NOTA - Esclarecimento sobre a ocupação do MST em Iaras (SP)


NOTA

Esclarecimento sobre a ocupação do MST em Iaras (SP)
 
Cutrale usa terras griladas em São Paulo
 
Cerca de 250 famílias do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) permanecem acampadas desde a semana passada (28/09), na fazenda Capim, que abrange os municípios de Iaras, Lençóis Paulista e Borebi, região central do Estado de São Paulo. A área possui mais de 2,7 mil hectares, utilizadas ilegalmente pela Sucocítrico Cutrale para a monocultura de laranja, que demonstra o aumento da concentração de terras no país, como apontou o censo agropecuário do IBGE.
 
A área da fazenda Capim faz parte do chamado Núcleo Monções, um complexo de 30 mil hectares divididos em várias fazendas e de posse legal da União. É nessa região que está localizada a fazenda da Cutrale, e onde estão localizadas cerca de 10 mil hectares de terras públicas reconhecidas oficialmente como devolutas, além de 15 mil hectares de terras improdutivas.
 
A ocupação tem como objetivo denunciar que a empresa está sediada em terras do governo federal, ou seja, são terras da União utilizadas de forma irregular pela produtora de sucos. Além disso, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) já teria se manifestado em relação ao conhecimento de que as terras são realmente da União, de acordo com  representantes dos Sem Terra em Iaras.
 
Como forma de legitimar a grilagem, a Cutrale realizou irregularmente o plantio de laranja em terras da União. A produtividade da área não pode esconder que a Cutrale grilou terras públicas, que estão sendo utilizadas de forma ilegal, sendo que, neste caso, a laranja é o símbolo da irregularidade. A derrubada dos pés de laranja pretende questionar a grilagem de terras públicas, uma prática comum feita por grandes empresas monocultoras em terras brasileiras como a Aracruz (ES), Stora Enzo (RS) entre outras. 

 Nossa ação não é contra as laranjas, mas contra a Cutrale.   Infelizmente, as influencias da empresa na imprensa nacional, manipulou o protesto dos ocupantes, para esconder a verdadeira situaçao.    A mesma imprensa esqueceu de comentar que usando os metodos mais escusos possiveis a CUTRALE  se transformou numa empresa que monopoliza todo comercio de laranjas do estado de são paulo.  E que superexplora os agricultores dela dependentes.
 
O local já foi ocupado diversas vezes, no intuito de denunciar a ação ilegal de grilagem da Cutrale. Além da utilização indevida das terras, a empresa está sendo investigada pelo Ministério Público do Estado de São Paulo pela formação de cartel no ramo da produção de sucos, prejudicando assim os pequenos produtores. A Cutrale também já foi autuada inúmeras vezes por causar impactos ao ecossistema, poluindo o meio ambiente ao despejar esgoto sem tratamento em diversos rios. No entanto, nenhuma atitude foi tomada em relação a esta questão.
 
Há um pedido de reintegração de posse, no entanto as famílias deverão permanecer na fazenda até que seja marcada uma reunião com o superintendente do Incra, assim exigindo que as terras griladas sejam destinadas para a Reforma Agrária. Com isso, cerca de 400 famílias acampadas seriam assentadas na região. Há hoje, em todo o estado de São Paulo, 1.600 famílias acampadas lutando pela terra. No Brasil, são 90 mil famílias.
 
Direção Estadual do MST-SP

 

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Igor Felippe Santos
Assessoria de Comunicação do MST
Secretaria Nacional - SP
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domingo, 4 de outubro de 2009

Carta em solidariedade a Cesare Battisti, por uma decisão justa e soberana do Estado brasileiro: a sua libertação

Carta em solidariedade a Cesare Battisti, por uma decisão justa e soberana do Estado brasileiro: a sua libertação

Dezembro de 2008

Vimos, em nome de brasileiros das mais diversas cores ideológicas, manifestar solidariedade ao escritor Cesare Battisti, cidadão italiano mantido preso pela Polícia Federal em Brasília desde março de 2007, acusado de crimes que nega ter cometido, com motivação política, ocorridos em seu país, na década de 1970 -- época em que o mundo estava dividido em dois pólos ideologicamente antagônicos e aconteciam conflitos em ampla escala, nas diversas nações.

Cabe salientar o quanto o episódio é inoportuno, num momento em que o Brasil desfruta de invejável liberdade, começa a pagar suas dívidas sociais e desenvolve esforços para ser reconhecido pelos organismos internacionais como uma nação capaz de assumir responsabilidades maiores na condução dos destinos da humanidade.

Neste sentido, é imperativo sermos vistos como um país que não só respeita os direitos dos seus próprios cidadãos, como apóia os estrangeiros vítimas de perseguições políticas em seus países de origem. A concessão de refúgio humanitário, nesses casos, é uma nobre tradição brasileira da qual não deveremos jamais abrir mão.

Cesare Battisti já sofreu demais. Merece viver em liberdade, com sua família, exercendo o ofício em que tanto se destacou. Merece a hospitalidade dos brasileiros cordiais (torçamos para que eles ainda existam e se manifestem!).

Não é só Cesare que está sendo posto à prova. Nós também: nossos sentimentos humanitários, nosso espírito de justiça, nossa consciência solidária.

Seria motivo de imensa vergonha para nós não oferecermos a um idealista injustiçado condições análogas às que propiciamos a ladrões como Ronald Biggs e ditadores com Alfredo Stroessner.

NOSSA LUTA NÃO É SÓ POR CESARE. É TAMBÉM POR NOSSA DIGNIDADE E ORGULHO NACIONAL.

VENCEREMOS!

Assine a petição

 

ENC: Apelamos para todas e todos!

 

Apelamos para todas e todos!

A extradição de Cesare Battisti corresponderia a um golpe jurídico institucional, permitindo ao Supremo Tribunal Federal esvaziar os poderes do Executivo e desencadeando o clima favorável a uma onda de criminalização dos Movimentos Sociais.

A extradição de Cesare Battisti corresponderia a um golpe jurídico institucional, permitindo ao Supremo Tribunal Federal esvaziar os poderes do Executivo, que pelo menos, mal ou bem, é eleito pela população. Se deixarmos este golpe ser realizado, ele desencadeará o clima favorável a uma onda de criminalização dos Movimentos Sociais.

Apelamos para os Movimentos Sociais, principalmente dos sem terra e dos sem teto, que sabem que a sua luta não se limita aos problemas da reforma agrária e do direito à habitação.

Apelamos para os sindicatos, principalmente os que se inserem nas centrais sindicais mais combativas, que sabem que a luta pelos salários e pelo emprego não resolve sozinha o problema da exploração.

Apelamos para os partidos de extrema-esquerda e outros grupos de extrema-esquerda, que sabem que além do esforço por ampliarem o seu espaço político próprio existe uma luta comum contra o capitalismo.

Apelamos para os professores que possuem algum sentido crítico, que sabem que as palavras que ficam só dentro da sala de aula não chegam a lugar nenhum.

Apelamos para todos e todas, para que entendam que mobilizar-se contra a extradição de Cesare Battisti é agir contra a criminalização da luta anticapitalista.

Não há pressões sobre o governo e sobre o Supremo Tribunal Federal se não houver pressões na rua. Depende de todos vocês, que somos todos nós, impedir que um lutador anticapitalista seja extraditado para uma democracia que por três vezes escolhe ser governada por gangsters e neofascistas.

O Brasil é uma terra de asilo. Assim como o ditador Getúlio Vargas enviou Olga Benário para morrer na Alemanha nazi, deixaremos agora que este país se converta numa sucursal de Guantánamo? Passa Palavra

http://passapalavra.info/?p=12320

Comitê de Solidariedade a Cesare Battisti em São Paulo




www.cesarelivre.org

 




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"Quando pararmos de questionar se somos ou não aptos para poder transformar as coisas, aí fodeu". Pilar

"Os pobres sentem raiva, os ricos sentem medo. Não é um país emocionante?" - Os Malvados


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Por que a multinacional japonesa persegue e criminaliza os trabalhadores?

1-Eles defendem a saúde e o emprego de mais de 500 trabalhadores que adoeceram pelo fato de trabalharem há anos submetidos a péssimas condições de trabalho.

2- Eles defendem e desenvolvem os princípios da participação revolucionária e popular.

3- Lutam para que as leis trabalhistas promulgadas pelo Presidente Chávez sejam respeitadas.

4- Impulsionam os conselhos de trabalhadores como comitês revolucionários dentro de uma nova visão sindical.

5- Impulsionam as comunas socialistas na zona industrial de

“Los Montones” na cidade de Barcelona, estado de Anzoátegui, Venezuela.

6- Construíram a Frente Revolucionária de Trabalhadores Socialistas e os pelotões de trabalhadores do PSUV.

 

 

Pedro Santinho

Coordenador do Conselho de Fábrica da Flaskô

Movimento de Fábricas Ocupadas

 

(11) 9930-6383

http://www.defenderaflasko.blogspot.com/

 

Abaixo assinado em defesa dos trabalhadores da Mitsubishi.

Abaixo assinado em defesa dos trabalhadores da Mitsubishi.

¡Basta De perseguições contra os trabalhadores da MMC automóveis!

 Imediata readmissão dos diretores sindicais demitidos!

À Ministra do Trabalho Maria Cristina Iglesias.

Prezada Ministra:

Diante da ameaça dos patrões de fecharem a fábrica, diante da sabotagem patronal e fechamento da fábrica por parte dos patrões, eles se mobilizaram e tomaram as dependências da fábrica, inclusive contra a demissão dos terceirizados e exigiram a contratação de todos.

Quando os patrões fecharam a fábrica os trabalhadores da MMC mobilizaram boa parte da população da cidade de Barcelona e conseguiram fazer com que os patrões reabrissem a fábrica. Mas não demorou muito e de maneira violenta demitiu a direção do Sindicato Nova Geração e passou a perseguir e intimidar os trabalhadores dentro da fábrica, desrespeitando as leis e os acordos coletivos.

Diante do exposto nós abaixo assinados, nos dirigimos à Ministra do Poder Popular para o Trabalho da Republica Bolivariana da Venezuela para que faça cumprir as leis e em respeito aos ideais da revolução, comungados pelo Presidente Hugo Chávez, obrigue a direção da MMC a reincorporar os sindicalistas demitidos e cessem todas as perseguições!

Primeiros signatários:

Roque Ferreira- do Sindicato dos Trabalhadores Ferroviários de Baurú e Mato Grosso do Sul.

Adilson Mariano- Vereador PT na cidade de Joinville. Santa Catarina.

Pedro Santinho- Conselho de Fábrica da FLASKÕ. Fábrica ocupada e sob controle dos trabalhadores, na cidade de Sumaré. Estado de São Paulo.

Solicitamos que os sindicalistas do Brasil, os militantes sindicais, partidos e movimento populares assinem e enviem esse abaixo assinado para;

Ministra do Trabalho,  Maria Cristina Iglesias:    mariacristina_iglesias@hotmail.com

Com copias para:

Vice Ministro do Trabalho, Elio Colmenares:  elio.colmenarez@mintra.gov.ve

Vice Ministro do Trabalho, Ricardo Dorado:  r.dorado@mintra.gov.ve

sindicatonuevageneracion@gmail.com

frentecontrolobrero@gmail.com

E no Brasil para: mobilizacaoflasko@yahoo.com.br

 

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Apoio aos 9 anos da Zanon sob controle dos trabalhadores

Companheiros

 

 

Publicamos abaixo informes dos trabalhadores da fábrica ocupada, hoje expropriada, da Argentina Zanon. Em primeiro lugar queremos saudar os 9 anos de gestão operário e luta. E mais do que isso convida-los publicamente a estarem presentes no encontro operário e popular que realizaremos no dia 28 de novembro deste ano para fazer avançar a luta de resistência em defesa dos empregos, a tomada de fábrica e a sua transformação em propriedade social pela estatização sob o controle dos trabalhadores. Além disso dar um passo adiante na luta pela reestatização da Embraer, da Vale, das Ferrovias e por um Petrobras 100% e o monopólio 100% do toda a cadeira petrolífera.

Em segundo lugar saudar o apoio que tem dado aos companheiros da Terrabusi que lutam por seus empregos.

Contem conosco nesta batalha.

Somos uma só classe.!

Seremos uma só voz!

Fábrica quebrada é fábrica ocupada e estatizada sob controle dos trabalhadores!

Um ataque a um é um ataque a todos!

Venceremos

 

 

Pedro Santinho

Coordenador do Conselho de Fábrica da Flaskô

Movimento de Fábricas Ocupadas

 

(11) 9930-6383

http://www.defenderaflasko.blogspot.com/

 

 

 

 

Hoje cumprimos 9 anos de gestão Operária:

Em 1º de outubro de 2001, a família Zanon, depois de anos de ter recebido inúmeros benefícios, créditos, subsídios, etc. mas também de ter realizado um esvaziamento da fábrica, coisa que vínhamos denunciando desde a recuperação de nossa comissão interna no ano 1998, finalmente fechou suas portas.

Hoje quinta-feira 1º de outubro de 2009, as operárias/os de Zanon junto ao Sindicato Ceramistas, cumprimos 9 anos da tomada da fábrica em resguardo de nossa fonte de trabalho.

Têm passado 9 anos, e tal como o propomos no último dia 12 de agosto, dia em que conseguimos a expropriação da fábrica, não nos esquecemos de nosso passado.

Não nos esquecemos da solidariedade dos colegas / as que se acercaram desde um princípio para nos apoiar. Também dos que à distância enviavam seus fundos de greve para resistir meses nas barracas, de colegas que nunca conhecemos mas que fizeram sua nossa luta.

Saudamos e valorizamos o apoio brindado pelas diferentes organizações e à comunidade.

Junto a vocês temos conseguido torcer a vontade política do governo provincial para lhe arrancar a expropriação da fábrica.

Mas jamais apostamos a uma salvação individual. Zanon sob controle dos trabalhadores mudou-nos a vida e continuamos lutando por uma mudança social.

Nossa luta continua. Para sustentar nossa fonte de trabalho em um contexto de crise internacional, onde a gestão operária como a nossa cola duplamente.
Mas também, para lutar por uma saúde e educação pública, por moradias dignas para todos.

Em um contexto de crise internacional, onde novamente as patronais e os governos pretendem que os trabalhadores novamente paguemos a conta, bem como no ano 2001, nossa experiência é um claro exemplo de que podemos e sabemos gerir nossos meios de produção.

Hoje somos parte da luta dos colegas que brigam na contramão dos fechamentos de fábricas, das demissões, como os colegas da ex Terrabusi. Temos feito de sua luta a nossa.
É por isso que convocamos ao conjunto das organizações a nos concentrar hoje quintas-feiras 1 de outubro às 17,30 hs. na ponte da estrada de Neuquén, para solidarizarmos e exigir a reincorporação de todos os colegas e o retiro das forças repressivas da fábrica.

Zanon é do povo!!!

Omar Villablanca (SOECN) 0299-154721962
Andres Blanco (SOECN) 0299-155226569
Cristian Mellado (Imprensa Zanon) 0299-154721986