quinta-feira, 28 de maio de 2009

Fábricas Ocupadas no Congresso
Movimento das Fábricas Ocupadas Outros artigos deste autor


Audiência Pública na Câmara dos Deputados em Brasília debateu a luta pela estatização das fábricas ocupadas e pelo fim da intervenção na Cipla e Interfibra.


Dia 20 de Maio foram à Brasília dois ônibus com operários da Flaskô, além de militantes do MST, MTD, MTST, da Vila Operária e Popular, do MNS, da Juventude Revolução e de estudantes do CA de Direito da PUC-Campinas. A mesa, presidida pelo deputado federal, Fernando Nascimento (PT-PE), foi composta por Pedro Santinho (Flaskô), Cinthya Pinto da Luz (MNDH), Paul Singer (Ministério do Trabalho) e por Vicentinho, Deputado Federal (PT-SP).O deputado Fernando Nascimento abriu o evento saudando os presentes: “Companheiros da Flaskô, meu mandato será um instrumento da luta de vocês”, afirmou. Cinthya Pinto da Luz afirmou: “A luta da Cipla e Interfibra de Joinville foi especial, porém difícil e muito dura. Os operários deram uma lição administrativa ao assumir as fábricas quebradas faturando R$ 900 mil reais e levando o faturamento a R$ 5 milhões e meio. Além disso, reduziram a jornada de trabalho para 30 horas semanais sem reduzir os salários. Esta luta nos enche de orgulho”. Cinthya também chamou a atenção para a vergonhosa intervenção federal ocorrida na Cipla e Interfibra: “A nova forma de gestão aplicada pelos trabalhadores deveria ser admirada e estudada pelo governo. Porém, ao contrário, o governo criminalizou esta experiência e seus trabalhadores. A intervenção federal eliminou a experiência, mas não a sua história. Hoje quase 700 operários foram demitidos e nenhum centavo foi pago ao INSS”, informou.Pedro Santinho disparou: “Esta é a quinta vez que viemos a Brasília. Ocupamos a Flaskô após três meses sem receber salário. Isto ocorreu num período em que mais de cem fábricas fechavam na região de Campinas. Para não correr isto conosco, decidimos seguir o exemplo da Cipla e Interfibra e ocupamos a fábrica. Naquele momento a Flaskô não faturava mais que R$ 40 mil reais. Mas sob o controle dos trabalhadores chegamos a faturar 1 milhão”. Pedrinho informou sobre as conclusões de um estudo do BNDES e BRDE referente à Cipla e Interfibra: “Os próprios órgãos do governo chegaram à mesma conclusão que nós. A única alternativa para o governo receber o que era seu – em torno de R$ 500 milhões de reais – seria transformar o passivo em ações para manter os empregos e devolver, ao longo do tempo, aos cofres públicos, a fortuna desviada pelos patrões. Mas o governo nunca nos respondeu sobre este estudo”. Pedrinho concluiu sua fala apresentando quatro propostas à Comissão do Trabalho (ver mais abaixo).O professor Paul Singer representou o Ministro do Trabalho e falou da experiência das cooperativas e das fábricas ocupadas. Quanto à intervenção, o professor se ateve a um rápido comentário: “Os trabalhadores não podem ser criminalizados”.O deputado João Paulo Cunha declarou: “Sou solidário ao movimento das fábricas ocupadas, inclusive assinei o abaixo-assinado da Flaskô”. João Paulo se colocou à disposição para ajudar na articulação junto à Presidência da República e aos ministérios. Vicentinho disse que “Os operários não só sabem comandar as fábricas como também sabem governar melhor que qualquer burguês...”. Quanto a reivindicação de estatização, falou: “Até o Barack Obama indica esta saída para a crise”.Sobre a experiência da ocupação, Vicentinho afirmou, “É a primeira vez que conheço uma experiência que foi tão longe. Só conhecia as cooperativas, o modelo de vocês é inédito! E aproveito para convidar o Pedrinho a comparecer numa audiência pública que vai ocorrer na Assembléia Legislativa de São Paulo, onde vamos tratar deste assunto. Lá estarão presentes dirigentes sindicais de todo país e o governo. Vamos abrir o espaço para que o Pedrinho possa levar esta bela luta. E é assim mesmo, onde a peãozada toma conta, a jornada só podia ser de 30 horas.”Os presentes puderam também intervir. Carlos Castro da Cipla falou sobre a intervenção ocorrida na Cipla e Interfibra e reivindicou da Comissão do Trabalho que desse fim neste processo vergonhoso para recolocar o controle das fábricas nas mãos dos trabalhadores. Ele se apresentou ainda como atual representante dos trabalhadores da Cipla: “Ainda me considero representante dos trabalhadores da Cipla, pois na última eleição, em 2006, fui eleito com 82% dos votos dos trabalhadores da fábrica e não foram os trabalhadores que me destituíram deste mandato, mas sim a Polícia Federal!”.Shaolin, trabalhador da Flaskô, solicitou que se viabilize um marco legal para impedir o fechamento da fábrica e assim, manter os empregos. E questionou porque que o Ministério da Previdência tem cobrado os trabalhadores das dívidas dos antigos patrões com o INSS enquanto que as grandes multinacionais e bancos devem fortunas e nunca são cobradas.Faustão da CUT-Pernambuco informou que a Central tem deliberação contra a intervenção. Fernando, trabalhador da Flaskô, comentou que a experiência de ocupação deve servir de exemplo para os trabalhadores impedirem que outras fábricas fechem. Para ele, a Petrobrás poderia comprar a produção da Flaskô. Tal medida manteria o funcionamento da fábrica. Alexandre, advogado da Flaskô, se concentrou na questão legal e Carlão, também da Flaskô, foi o último a falar. Para ele, com 52 anos de idade, não haverá mais lugar para trabalhar se a Flaskô fechar.As propostas dos trabalhadoresA posição adotada pelos deputados é importante no apoio a este movimento, mas não se pode esquecer que o governo Lula já tem na mão todos os instrumentos para resolver a questão. Além disso, os deputados podem e devem tomar a iniciativa de propor um Decreto Legislativo que exproprie as fábricas ocupadas e determine o fim da intervenção e a imediata devolução da Cipla e Interfibra para os Conselhos de Fábrica legitimamente eleitos pelos trabalhadores.Os trabalhadores reafirmaram sua posição pela estatização das fábricas ocupadas sob controle operário e pediram na Audiência Pública que o Congresso decida por:1. Suspensão de todos os processos de execução promovidos pela Fazenda Nacional que hoje ameaçam o funcionamento e os empregos dos trabalhadores da fábrica ocupada Flaskô Industrial de Embalagens.2. Suspensão de todos os processos de criminalização dos trabalhadores e seus dirigentes em função das dívidas relacionadas.3. A apresentação de um DECRETO LEGISLATIVO pela expropriação da empresa Flaskô, da Cipla e Interfibra, com o claro objetivo de defender os empregos.4. Assumir as fábricas via BNDES, através da transformação do passivo tributário (quase todo com o governo federal) em ações.5. Suspensão da Intervenção na Cipla/Interfibra e a devolução das fábricas para o Conselho de Fábrica eleito pelos trabalhadores, além das medidas cabíveis como a anterior para a manutenção dos empregos.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

AS AMEAÇAS AOS EMPREGOS NA FLASKÔ CONTINUAM! Confirmada Audiência Pública em Brasília – 20/05 às 11 horas

PEDIMOS A TODOS OS COMPANHEIROS QUE CONHECEM NOSSA LUTA QUE LEIAM ATÉ O FINAL, POIS É MUITO IMPORTANTE!
E ÀQUELES QUE NÃO CONHECEM, QUE LEIAM PARA CONHECER!

É hora de decidir salvar a Flaskô!
É hora de decidir barrar as demissões!
Fábrica fechada é fábrica ocupada e estatizada!

A luta dos trabalhadores da Flaskô vai completar 6 anos no próximo dia 12 de junho. E continua a cada dia sendo atacada por todos os lados. No dia 04 de Maio tomamos conhecimento de que a justiça determinou o seqüestro da conta dos trabalhadores para pagar dívidas antigas, de maneira arbitrária e sem negociação - o que até o momento não foi resolvido e já causou prejuízos enormes com o seqüestro de dinheiro do Vale-Transporte e da refeição dos trabalhadores. Este tipo de medida tem um claro objetivo de acabar com esta importante experiência de resistência às demissões e ao fechamento da fábrica. Como afirmou o juiz que decidiu favoravelmente a intervenção federal na Cipla e Interfibra: “Imagina se a moda pega” - referindo-se diretamente à luta de ocupações para manter os empregos.

É hora de se preparar para defender os empregos!
Mais do que nunca sabemos que depois de anos com lucros milionários os patrões já iniciaram uma onde de demissões enorme e dados mostram que isto deve continuar. Isto inclusive tem levado ao fechamento de fábricas e pode se ampliar no próximo período. O Serasa já indica que aumentou em 200% os pedidos de recuperação judicial. O próprio governo mostra que aumentou a inadimplência com os impostos e direitos como INSS em 100%. Os patrões mais uma vez querem fazer os trabalhadores pagarem a conta. Por isso mais do que nunca pedimos o apoio de todos os companheiros e companheiras e suas organizações que apóiem a nossa resistência, que discutam as alternativas à crise de maneira que não permitam que os trabalhadores paguem a conta, e isto, na nossa opinião, passa pelo governo Lula decidir proibir as demissões, e por ocupar cada uma das fábricas quebradas e estatizá-las sob o controle dos trabalhadores.

Para isso, depois de ser adiada, conseguimos confirmar a realização de Audiência Pública na Câmara dos Deputados em Brasília dia 20 de Maio.
Assim, para debater estas questões e adotar medidas imediatas diante da crise pela qual passa todo o mundo, e em particular para adotar medidas para salvar a Flaskô e colocar fim à intervenção na Cipla e Interfibra, será realizada audiência pública no próximo dia 20 de maio às 11 horas no Plenário 12 da Câmara dos Deputados, em Brasília.
Nós, trabalhadores da Flaskô, estamos organizando uma caravana que deve sair da porta da fábrica (Sumaré-SP, região de Campinas) no dia 19/05 às 19 horas e pedimos a todos os companheiros e companheiras e suas organizações que se somem a esta delegação entrando em contato para participar.

É hora de reforçar a audiência pública de 20 de maio em Brasília!
Pedimos a todos os sindicatos, movimentos populares, mandatos comprometidos com a luta e aos lutadores e lutadoras do povo trabalhador que nos ajudem:
- publicando em seus sites nossa convocatória e a divulgando amplamente;
- publicando em seus jornais impressos nossa luta e a experiência de resistência das fábricas ocupadas;
- indicando representantes para compor a delegação que sairá da fábrica em Caravana no dia 19/05 ou mesmo indo por meios próprios;
- que entrem em contato para colaborações para podermos garantir os ônibus para a caravana, contribuindo com qualquer valor, pois sabemos que a luta dos trabalhadores é sustentada pelos trabalhadores e suas organizações. E, sobretudo, neste momento em que tivemos dinheiro seqüestrado de nossa conta a manda da justiça;
- que assinem e ajudem a fazer assinar a petição que se encontra em nosso blog
http://www.defenderaflasko.blogspot.com ou diretamente aqui;
- que ajudem a divulgar amplamente a convocatória para o encontro de 6 anos que será realizado na Flaskô no dia 20 de junho;
- que discutam e ajudem a divulgar o II Encontro de Fábricas Recuperadas que se realizará em Caracas/Venezuela no dia 26 a 28 de junho.

Companheiros e companheiros,
Sabemos que muitos companheiros já nos apóiam, mas reafirmamos: estamos em uma situação muito mais difícil, querem nos cercar por todos os lados e somente a solidariedade de nossa classe pode nos salvar a todos.
Agradecemos desde já.


Pedro Santinho
Coordenador do Conselho de Fábrica da Flaskô
Movimento de Fábricas Ocupadas

(11) 9930-6383
http://www.defenderaflasko.blogspot.com

terça-feira, 5 de maio de 2009

AJUDE-NOS ESTAMOS PRECISANDO DE AJUDA!!!

A AUDIÊCIA PÚBLICA FOI ADIADA
PARA O DIA 20 DE MAIO
"Ampliaremos nossa mobilização, vamos levar três ônibus nessa Caravana que vai sair da Flaskô dia 19 à noite".
Entre em contato com os trabalhadores da Flaskô (19) 3864 2624 (19) 8164 1971


ESTAMOS FAZENDO UMA ARRECADAÇÃO FINANCEIRA PARA IRMOS À BRASÍLIA, ENTÃO, PEDIMOS A TODOS OS SINDICATOS, PARLAMENTARES, ENTIDADES DE LUTA EM GERAL, QUE CONTRIBUAM COM QUALQUER QUANTIA PARA NOSSA DURA BATALHA PARA SALVAR OS POSTOS DE TRABALHO AQUI NA FLASKÔ.
ESTAMOS DESESPERADOS, SEM DINHEIRO PARA IR À AUDIÊNCIA PÚBLICA. E VEMOS NESSA AUDIÊNCIA UMA MANEIRA DE BRIGAR CONTRA AS PENHORAS DE FATURAMENTO, OS LEILÕES, CONTRA OS ATAQUES DO PRÓPRIO GOVERNO COMO ACONTECEU NA CIPLA E ALÉM DE TENTAR ENCONTRAR ALTERNATIVAS PARA NÃO DEIXAR A NOSSA PRODUÇÃO ENCERRAR, POIS EM MEIO A ESSA CRISE, NOSSA PRODUÇÃO PODE SE ENCERRAR A QUALQUER MOMENTO, IREMOS ATÉ BRASÍLIA PORQUE A RESPONSABILIDADE É DO GOVERNO E POR OBRIGAÇÃO TEM QUE ENCONTRAR MEIOS DE SALVAR OS TRABALHADORES DE TODAS AS CATEGORIAS EM TODOS OS LUGARES DO BRASIL.

A Convocatória segue a baixo:
O Movimento das Fábricas Ocupadas, através da sua coordenação na fábrica ocupada e controlada Flaskô, em conjunto com o Deputado Federal Fernando Nascimento, da comissão de trabalho convoca esta importante discussão com o objetivo de se debater e encaminhar soluções no sentido de diante da crise encontrar medidas para salvar os empregos, impedir o fechamento de fábricas e as demissões.
Neste sentido a experiência de resistência dos trabalhadores da Flaskô, fábrica ocupada que está completando 6 anos de controle operário e luta pela manutenção dos empregos e direitos com a reivindicação da estatização das fábricas sob o controle dos operários, é fundamental para a reflexão de todo movimento operário, e mais do que este, de todas aqueles comprometidos com a democracia e a defesa do emprego, que em última instância é mínimo para a dignidade humana. Outras experiências também serão apresentadas com dos companheiros da Usina Catende do Estado de Pernambuco.
Estão convidados para participar o Ministério do Trabalho, o Movimento das Fábricas Ocupadas através de uma representante da Flaskô e de um representante da luta contra a Intervenção na Cipla e Interfibra, representante da Usina Catende, representante da Central Única dos Trabalhadores, parlamentares e todos aqueles que queiram discutir a questão.
Os trabalhadores da Flaskô, com constantes ameaças a seus empregos, exigem que o governo Lula assuma seu compromisso e adote medidas no sentido de salvar os empregos.
Por isso convidamos todos a nos contatar para participar da audiência. Onibus estaão sendo organizados para sair da porta da Flaskô na cidade de Sumaré/SP e as inscrições estão abertas entrem em contato.
È hora de salvar a Flaskô! Já é hora de retirar a intervenção na Cipla e Interfibra!
É hora de salvar os empregos!
Fábrica fechada deve ser ocupada e estatizada sob o controle dos trabalhadores!

Pedro Santinho
Coordenador do Conselho de Fábrica da Flaskô
Movimento de Fábricas Ocupadas
(11) 9930-6383


Local: Câmara dos Deputados – Brasília
Data: 20/05/2009
http://www.defenderaflasko.blogspot.com/

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Convite para os trabalhadores do setor automobilístico da América Latina para participar do Segundo Encontro Latinoamericano de Fábricas Recuperadas

Na etapa atual da crise capitalista, um dos setores mais afetados pela crise geral de superprodução é o setor automobilístico. Isso implica uma ofensiva geral das grandes multinacionais deste setor contra os trabalhadores para que sejamos nós os que paguemos a conta da crise através de demissões, fechamentos de fábricas, perdas de direitos, terceirização, etc.
Em frente a estes ataques os trabalhadores do setor automobilístico temos dado resposta em todo mundo, do Estados Unidos até a Europa , da América Latina ao Sudeste Asiático. Temos realizado todo tipo de ações de luta em defesa de nossos postos e condições de trabalho, desde greves até ocupações de fábricas. Na Venezuela, os trabalhadores do setor automobilístico e, particularmente os do estado Anzoátegui, temos mantido uma luta contundente nos últimos meses nas empresas “MMC automotriz”, “Vivex” e “Macusa” que foram ocupadas suas fábricas durante semanas. No caso da “MMC” (Mitsubishi) a luta custou a vida de dois colegas durante uma agressão policial para desalojar a fábrica que permanecia tomada.
Depois de duras lutas conseguimos uma vitória sobre as posições da patronal onde se reconheciam reivindicações históricas para os trabalhadores da “MMC”, bem como o pagamento dos salários devidos durante os mais de 50 dias de ocupação. Agora, a fábrica está em processo de voltar a suas atividades. Ainda assim a luta continua. No caso dos camaradas da “Vivex“, os mesmos continuam com a fábrica ocupada com a perspectiva de que o governo bolivariano nacionalize a planta.
Os trabalhadores do setor automobilístico temos que nos organizar para frear esta agressão patronal e desenvolver uma estratégia internacional de luta contra os planos das multinacionais. Por todo estamos realizando os abaixo-assinados de apoio e convocamos o Segundo Encontro Latinoamericano de Empresas Recuperadas, para que os trabalhadores e sindicatos do setor automobilístico de Anzoátegui participamos e debatamos sobre os problemas dos trabalhadores do setor automobilístico e a luta pelo controle operário e a nacionalização como alternativa a crise do setor. Por todo isso fazemos um chamado a todos os trabalhadores do setor automobilístico da América Latina, EEUU, Canadá ou qualquer organização sindical do mundo do setor automobilístico a participar neste Segundo Encontro Latinoamericano de empresas recuperadas que se ocorrerá em 25,26 e 27 de junho de 2009 na cidade de Caracas na Venezuela.

Assinado:
*Félix Martínez, secretário geral do “Singetran” (Sindicato de trabalhadores Nova Geração de MMC/Mitsubisch-Venezuela)
*Yeant Sabino, secretário geral do “Sindicato Sutra-Vivex” (Fabrica de vidro automobilístico, ocupada).