quarta-feira, 29 de julho de 2009

PROCURADORIA ACEITA ABRIR DIÁLOGO COM TRABALHADORES DA FLASKÔ



PROCURADORIA ACEITA ABRIR DIÁLOGO COM TRABALHADORES DA FLASKÔ

ATO DIA 17: SÓ A UNIDADE CONSTRÓI A VITÓRIA.

Mais uma vez os trabalhadores da FLASKÔ, fabrica ocupada e sob controle dos trabalhadores, foram para as ruas de Campinas para manifestarem-se pela abertura de negociações de modo a se garantir a continuidade da fábrica, contra as ameaças de embargos e confiscos de faturamento da fábrica, contra a ameaça de prisão de nosso companheiro Pedro Santinho, coordenador do Conselho de Fábrica.
Um ônibus lotado pelos trabalhadores da Flaskô, saiu pouco antes das 10 horas da fábrica em Sumaré e se dirigiu até o Largo do Rosário em Campinas. Outro ônibus lotado por companheiros da Ocupação Zumbi, que luta pela moradia e que estão sendo ameaçados de despejo, se uniram aos trabalhadores da Flaskô e todos se encontraram no Largo do Rosário. Lá chegando todos se encontraram com vários companheiros do Movimento de Trabalhadores Desempregados e também com um numeroso grupo de estudantes de medicina , trabalhadores e populares que já estavam na praça manifestando-se contra a privatização dos serviços de saúde que em Campinas, onde o governo local está querendo privatizar o Hospital Ouro Verde.
Depois de um rápido diálogo entre os coordenadores da cada movimento e mobilização, foi decido unificar as Manifestações. Saímos em passeata pela Avenida Francisco Glicério, distribuindo panfletos, gritando palavras de ordens e explicando a população que a luta em defesa dos empregos, da moradia e da saúde é parte integrante da luta que travamos contra o capitalismo, para abrir a via ao socialismo, por uma sociedade sem exploradores nem exploradores. Porque entendemos que a luta em defesa dos empregos, contra as demissões, pela moradia, em defesa dos serviços públicos da saúde, da educação, são as lutas que podem, realizada unidade desde baixo, podem empurrar as direções da CUT e demais centrais sindicais na direção da construção da greve geral e assim enfrentar a crise e exigir do governo Lula que ele atenda as reivindicações, a reestatização da EMBRAER, VALE e todas as empresas que foram privatizadas, tomando e ocupando fábricas, as terras urbanas e arrancando as terras dos latifundiários para realizar a reforma agrária.
Durante caminhada que se dirigia até a procuradoria da Fazenda, vários companheiros falaram em apoio aos trabalhadores da Flaskô, em apoio aos estudantes e à ocupação Zumbi.
Falaram companheiros do MTD e do MTST, do PT e do Sindicato dos Químicos. Falaram os companheiros da FLASKÔ. Todos expressaram que o governo Lula deveria abandonar sua aliança com os partidos da burguesia, parasse de dar dinheiro para empresários e banqueiros e se colocasse ao lado dos explorados e oprimidos para derrotar o capital e atender as reivindicações. Também esteve presente um companheiro da direção do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios que estão em luta e apoiando os trabalhadores da Flaskô e também o companheiro Luiz da Federação dos Trabalhadores do Chile.
Ao chegar em frente à Procuradoria uma Comissão entrou no edifício para falar com o Procurador enquanto os manifestantes ficaram bloqueando a rua.
Depois de mais de 30 minutos a policia veio com a notícia de que o Coronel estava exigindo a retirada do carro de sem da rua e a saída dos manifestantes. Depois de vários diálogos com a polícia os manifestantes retiraram o carro de som, e postaram-se ao longo da calçada de onde só saíram quando retornou a Comissão que foi negociar com a Procuradoria.
Perto de 13h 30 da tarde a Comissão saiu da reunião com o Procurador e se dirigiram em caminhada até o Largo do Rosário, onde ouviram os companheiros da Comissão informarem que em um prazo de 15 dias a Procuradoria reuniria os procuradores Federais de São Paulo para analisar a unificação de todos os processos e que enquanto isso ficam paradas todas as ações.
Vários companheiros falaram da importância da manifestação, de sua unidade e que graças a isso foi possível estabelecer o compromisso de abrir a via da unificação das ações e construir uma perspectiva positiva que retire parcialmente o peso das ameaças das costas dos trabalhadores.

Os trabalhadores da FLASKÔ deram mais uma vez o exemplo. Com muita unidade e organização, recebendo o apoio do MTST, do MTD, do PT, do Sindicato dos Químicos, dos estudantes em luta contra a privatização da saúde e apoio por meio de moções de várias entidades nacionais e internacionais, saíram orgulhosos de sua ação e convictos que alcançarão suspender todas as ações e atingir seu objetivo: salvar todos os seus empregos. Por isso continuam na luta contra os leilões e estarão, em agosto, uma vez mais em Brasília para exigir do governo Lula a estatização da fábrica e nos próximos meses realizarão um grande encontro de trabalhadores e entidades para uma vez mais reafirmarem que a unidade da classe operária acabará por conquistar as reivindicações, avançando na construção do socialismo.

Retirem todas as ameaças contra a fábrica Flaskô e contra Pedro Santinho!
Estatização e controle operário para salvar os empregos e enfrentar a crise!

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