quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Moção de Apoio aos trabalhadores da Flaskô



O 3º Congresso dos Bancários, Financiários e Cooperavitários de Campinas e Região apóia a luta dos trabalhadores da Flaskô, que há seis anos resistem contra o fechamento da fábrica e em defesa dos empregos.
Apoiamos a iniciativa desses operários que, para evitar o desemprego e lutar por seus direitos, ocuparam a fábrica e retomaram a produção sem o patrão, sob o controle dos próprios trabalhadores.
Porém, enquanto o governo Lula não estatiza a Flaskô – como querem os operários – os trabalhadores, o Conselho de Fábrica e seus dirigentes são duramente atacados pela Justiça e órgãos do Estado que, sob o pretexto de cobrar dívidas deixadas pelo patrão, pretendem criminalizar e derrotar a experiência da Fábrica Ocupada Flaskô e o Movimento das Fábricas Ocupadas.
- Contra a perseguição e criminalização dos companheiros da Fábrica Ocupada Flaskô!
- Todo apoio à luta pela estatização da fábrica, sob controle dos trabalhadores!
Vinhedo, 23 de agosto de 2009


terça-feira, 29 de setembro de 2009

Trabalhadores da Flaskô lançam campanha pedindo reunião com Lula

Trabalhadores da Flaskô lançam campanha pedindo reunião com Lula

Em continuidade da audiência pública realizado em Brasília os trabalhadores da Flaskô, em conjunto com o Deputado Fernando Nascimento, protocolaram pedido de reunião com Lula para resolver a questão da Flaskô e salvar os empregos. Para reforçar e mostrar a disposição de luta e o apoio que o movimento conta decidimos iniciar uma campanha de pressão para que Lula cumpra sua promessa.

A audiência apontou pela necessidade de decisões claras por parte do governo, que até o momento não foram tomadas, por isso decidimos mais uma vez nos dirigir a Lula e contamos com a ajude de vocês.

Esta campanha se concentra no pedido para que Lula nos receba ainda este ano. E já informamos que  pretendemos até o inicio de dezembro voltar a Brasília, caso não se dê uma solução.

É um campanha de envio de cartões postais dirigidas a Lula, confeccionados em 2 modelos (foto). Por isso pedimos que você apóiem a campanha enviando os postais por sua entidade, em nome pessoal e ajude a conquistar mais apoio. Os postais estão sendo vendidos a R$ 1,00 e o resultado ajudará a organizar um grande encontro em defesa dos Empregos no mês de novembro. Neste encontro discutiremos a defesa dos empregos, a luta pela ocupação de fábrica e controle operário contra o fechamento e a luta mais do que urgente pela re-estatização da Vale, da Embraer, das Ferrovias e pelo monopólio 100% estatal da Petrobras.

Contamos com seu apoio. Entre em contato: pedro.santinho@uol.com.br

FÁBRICA OCUPADA É FÁBRICA ESTATIZADA! NENHUMA DEMISSÃO! OCUPAR AS FÁBRICAS PARA MANTER OS EMPREGOS.

 

Sumaré, 14 de setembro de 2009.

 

 

Pedro Santinho

Coordenador do Conselho de Fábrica da Flaskô

Movimento de Fábricas Ocupadas

 

(11) 9930-6383

http://www.defenderaflasko.blogspot.com/

 

Fora a polícia de Terrabusi - Reincorporação de todos os demitido

Fora a polícia de Terrabusi – Reincorporação de todos os demitido

 

Publicamos abaixo carta sobre a luta dos trabalhadores da Kraft-Food enviadas pelos companheiros da fábrica ocupada da Argentina Zanon.

Pedimos atenção também nesta luta

 

 

Pedro Santinho

Coordenador do Conselho de Fábrica da Flaskô

Movimento de Fábricas Ocupadas

 

(11) 9930-6383

http://www.defenderaflasko.blogspot.com/

 

 

 

Nesta sexta-feira, dia 25, milhões de trabalhadores vimos por todos os meios e ao vivo o despejo da Kraf -Foods, ex Terrabusi por parte da infantaria, da cavalaria, da divisão cães, e a guarda  nacional.
Imagens do 2001. Igual que a da Da Rua. Igual que Duhalde. O governo de Cristina Kirchner e o governador Scioli, puseram a disposição da patronal yanki todo seu aparelho repressivo. Fazem-no depois de que os trabalhadores e trabalhadoras de Terrabusi, resistissem mais de 40 dias a violação de todos seus direitos, incluindo a violação absoluta das conciliações obrigatórias do ministério de trabalho, a quem a patronal yanki trata como a verdadeiros fantoches.
Por parte da CGT, uma traição total ao serviço da patronal norte-americana, mas também há que dizer que a CTA, salvo mornas declarações não tem feito praticamente nada. Nenhuma medida solidaria. Nenhuma iniciativa ante semelhante violação de direitos.
Desde o Sindicato Ceramista de Neuquén desde o começo estamos junto a nossos colegas e colegas de Terrabusi porque entendemos que aos trabalhadores em luta não há que lhe olhar a chapa, nem a cor de sua roupa, onde há um trabalhador brigando seus direitos HÁ UM AMIGO.
Chamamos ao conjunto das organizações sociais, estudantis e sindicais a redobrar esforços nesta luta contra a patronal yanki de Kraf , contra a repressão destes governos.
Reclamamos à CTA, que diz brigar pela liberdade sindical, a que passe das declarações aos fatos tomando como próprios as reivindicações de quase 3 mil operários e operárias de Terrabusi.
Nestes dias depois do despejo segue a fábrica militarizada, com armas israelenses, com cães, com a guarda montada e a infantaria dentro da fábrica, obrigando a trabalhar aos operários e operárias com uma faca na cabeça, como na ditadura militar.
Por isso nesta Segunda-feira voltamos a mobilizar no país numerosas organizações sindicais, estudantis e de DDHH para uma vez mais repudiar a repressão, e dizer:
- Reincorporação de todos os despedidos
- Fore a polícia de Terrabusi.

Os trabalhadores não devemos pagar por uma crise que não foi por nós gerada.
Uma vez mais, fazemos um chamado às organizações sindicais a fazer desta luta sua própria a luta dos trabalhadores da ex Terrabusi.
Todos sabemos que este é um conflito claramente político. Junto aos colegas de terrabusi estamos os sindicatos militantes, combativos e as organizações solidarias e dispostos a briga estamo lutando contra uma patronal que impulsiona golpes de estado em Honduras, que assessora ao governo Yanqui, que ignora as leis de nosso país e que tanto o governo nacional do K e o provincial de Scioli lhe põem a disposição as forças repressivas para reprimir trabalhares que lutam por sua fonte de trabalho.-


OPERÁRIOS DE ZANON – SINDICATO CERAMISTA DE NEUQUEN

Omar Villablanca Secretário Geral SOECN 0299-154.721.962
Andrés Blanco (desde Terrabusi) Sec. Adjunto SOECN 0299- 155.226.569
Cristian Mellado Imprensa e Difusión 0299-154.721.986

Modelo de Moção: Solidariedade do movimento operário iraquiano

Companheiros,

 

Encaminho abaixo modelo de moção para desenvolvermos a campanha de apoio aos trabalhadores iraquianos.

Informo também que o companheiro Akram participou do II Encontro Latino Americano de Fábricas Recuperadas pelos Trabalhadores e deste contato soubemos que desenvolve esta importante resistência. É urgente nossa ação.

Discutam em seus sindicatos.

Vamos organizar um campanha de denuncia através das centrais e federações,

Viva a unidade da luta dos trabalhadores em todo o mundo.

 

 

Pedro Santinho

Coordenador do Conselho de Fábrica da Flaskô

Movimento de Fábricas Ocupadas

 

(11) 9930-6383

http://www.defenderaflasko.blogspot.com/

 

 

MODELO DE MOÇÃO DE SOLIDARIEDADE AOS TRABALHADORES IRAQUIANO

 

 

 

ENVIA PARA:

Akram Nadir (Fereração Sindical do iraque e Kurdistão)

akram_nadir_1999@yahoo.com

 

E c/c Pedro Santinho (Movimento das Fábricas Ocupadas0

pedro.santinho@uol.com.br

 

 

BASTA DE ATAQUE: LIBERDADES DE ORGANIZAÇÃO

 

Acompanhamos há muito tempo o desenvolvimento do que se passa no Iraque, sobretudo no que diz respeito as liberdades das organizações operários, e entedemos que é necessário que nos pronunciemos diante do soubemos recentemente.

Tomanos conhecimento das decisões do Ministro da Industria do Iraque, Fawzi François Al-Hariri, que determinou a ilegalidade dos sindicatos e federações de trabalhadores naquele pais. Entre as declaradas ilegais esta a FWCUI.

Sabemos que as autoridades tem desenvolvidos ações arbitrárias e opressivas contra os trabalhadores de modo a os perseguir com demissões ou transferência aos locais de trabalho. Soubemos que as acusões que fazem aos trabalhadores são infundadas e mais do que isso ferem a todas as convenções internacionais sobre liberdade sindical da OIT. Foram os trabalhadores e trabalhadoras iraquianos que há anos protegeram as fábricas no nomento da invasão da pilhagem e do saque. Os operários sacrificaram suas vidas e hoje são novamente atacados tendo suas organizações postas na ilegalidade.

Apoiamos a declaração da FWCUI de que vão continuar lutando e organizando os trabalhadores em assembléias para exigir seus direitos e atendemos seu chamado de ajudar expandir seu movimento pelo mundo, pois sabemos que a classe operária é internacional .

Exigimos que sejam retiradas todas as declarações hostis as organizações dos trabalhadores por parte do Ministério da Industrial e que se reconheça o direito a organização sindical no Iraque.

Por fim também exigimos que seja retirados todas as medidas de penalidade contra os trabalhadores por se organizarem e lutarem por seus elementares direitos.

Sem mais

 

 

Entidade

 

Data

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Solidariedade do movimento operário iraquiano

Companheiros

 

Enviamos abaixo carta dos companheiros sindicalistas do Iraque em defesa de suas organizações sindicais contra os ataques que vêem sofrendo.

A carta mostra o papel fundamental de resistência do movimento operário iraquiano contra a invasão imperialista norte americana e por isso deve contar com todo nosso apoio.

Ajudem a divulgar.

Envia moções de solidariedade para:

Akram Nadir (Union Organizer in Iraq and Kurdistan)

akram_nadir_1999@yahoo.com

 

 

Mais informações em

 

http://uslaboragainstwar.org/

 

Akram Nadir (Union Organizer in Iraq and Kurdistan)
International Representative of Federation of Workers' Councils and Unions in Iraq (FWCUI)
Tel:+1-778-318-6981

E-mail:akram_nadir_1999@yahoo.com
www.fwcui.org

 

Pedro Santinho

Coordenador do Conselho de Fábrica da Flaskô

Movimento de Fábricas Ocupadas

 

(11) 9930-6383

http://www.defenderaflasko.blogspot.com/

 

 

DECLARAÇÃO E ORIENTAÇÕES DO MINISTRO DA INDUSTRIA CONTRA OS SINDICATOS PRORROGANDO DECISÕES FASCISTAS.

 

O ministro da Industria no Iraque Fawzi François Al-Hariri emitiu orientações por meio de édito determinando os sindicatos e federações de trabalho como ilegais, acusando-as. A FWCUI foi uma das federações mencionadas pelo nome. Primeiro, nós gostaríamos de perguntar ao Ministro acerca da legalidade a que ele se referiu para isso. Se você quis dizer que a formação de uma federação através da autoridade e de leis e ordens em concordância com esta vale dizer que isto nunca será uma federação. Antes será uma afiliação representativa das autoridades do que representativa dos interesses dos trabalhadores. Se você significou “ilegal” em concordância com a Resolução 150 da Lei 52 de 1987, você não precisa emitir nenhuma declaração a este respeito por que estará reiterando propriedades desta para conformar procedimentos ditadoriais. Você esta decretando guerra a liberdade sobre o pretexto de que você e seus governos visitam as leis.

Isto tem acontecido a mais de seis anos desde que nós ouvimos o proclame das intimações e a hipocrisia acerca da democracia. Isto estava ocorrendo conjuntamente com a manutenção da maioria das resoluções fascistas/anti-liberdade, chamadas de resoluções que proíbem a liberdade das associações no setor publico. Deste modo,  políticas relevantes estão sendo desenvolvidas no Kurdistão cujos lideres e políticos falam sobre a liberdade e a democracia e criticam as formas do regime dia e noite. As autoridades correntes tem acrescentado mais arbitrariedades e procedimentos opressivos contra trabalhadores ativistas de modo que igualmente os trabalhadores são demitidos e transferidos para diferentes locais de trabalho.

Em suas orientações você falou sobre o caos e a interrupção dos trabalhos!

Porém, o que é mais caótico do que até agora estar na sua posição e não ser capaz de operar uma das mais gigantes companhias afiliadas ao seu Ministério? Esta companhia é capaz de reunir no mercado local necessidades e garantias de exportação e rendimentos públicos que podem contribuir para a sustentabilidade e expansão das operações das companhias. O que é mais caótico e confuso do que a intenção de desativação de companhias imensas ameaçando-as de privatização? O que é mais caótico do que a incapacidade de seus oficiais do Ministério e “experts” que permanecem desamparando-nos no que se refere as sugestões de produção e planos de mercado?

Em seus direcionamentos você tem considerado os encaminhamentos das questões dos trabalhadores pelo seus direitos de organizarem-se em assembléias não violentas como caótico! Você tem advertido contra as filiações com as federações de trabalho, isto não é mais caótico e imensamente debilitante aos direitos dos trabalhadores assim como da vida pendurada aos riscos conseqüentes, mesmo que com algum beneficio para os trabalhadores que operam maquinas perigosas e trabalham com materiais arriscados.

Você esta acusando os trabalhadores de parar o trabalho e criarem o caos. Porém, foram estes trabalhadores que protegeram as companhias contra o período de saqueamento da invasão,  eles sacrificaram suas vidas e pararam repentinamente, colocando-se em ordem para proteger as companhias contra pilhagem de gangsters e bandidos. Os trabalhadores, fazendo assim, salvaram bilhões de dólares e asseguraram a continuação do trabalho quando não havia no local autoridade alguma.

Você não pensa que proibindo-os a liberdade de expressão e o direito de se organizarem você desenvolve estruturas extremistas de opressão e escravidão?

Antes de terminar esta carta nós gostaríamos de reiterar à você tão franco e claro quanto possível que a FWCUI e seus ativistas continuaram com suas organizações dos trabalhadores em assembléia não-violentas para reclamar seus direitos e iremos igualmente expandir o nosso movimento.

Centenas de milhares de trabalhadores do Ministério da Industria não se intimidarão ou desencorajarão diante de suas ameaças. Eles são capazes de não apenas fazerem você retirar suas decisões, como também de imporem-se  na intenção de melhorar seu padrão de vida e de sua organização em federações livres, assim como de sua escolha por possuir organizações.

Nós ansiamos que você retire suas hostis orientações que solapam a vontade de milhares de trabalhadores no Ministério da Industria e reconheça o direito a organização e não os ameace, puna ou moleste os ativistas. Nós também pedimos a você para abolir as penalidades que você tem emitido contra os sindicatos e trabalhadores ativistas.

 

 

 

Falah Alwan

Presidente da FWCUI

 

22 de julho de 2009.

 

sábado, 26 de setembro de 2009

trabalhadores da fábrica de bolachas Kraft fazem piquetes

Série de piquetes interrompe o trânsito em Buenos Aires

Agência Estado

O trânsito na Argentina se tornou refém dos piquetes. Hoje o centro de Buenos Aires e os principais acessos à cidade estão praticamente interrompidos. Durante toda a semana vários sindicatos realizaram passeatas intermitentes pela cidade de Buenos Aires, provocando engarrafamentos e a irritação dos motoristas.

Hoje estão bloqueados os principais acessos a Buenos Aires: Ponte Pueyrredón, Avenidas dos Constituyentes e General Paz e as Autopistas Riccheri, General Paz e Panamericana. Até a sede da União Industrial Argentina, em plena Avenida de Maio, sofre com um piquete contra as declarações do presidente da entidade, Hector Méndez, que pediu às autoridades o controle dos bloqueios.

Várias outras avenidas importantes estão sofrendo algum tipo de interrupção do trânsito hoje, como a Corrientes e a Callao. Para completar, para o final da tarde estava prevista manifestação na Praça do Congresso para pedir mais segurança.

O principal piquete destes últimos dias é dos trabalhadores da fábrica de bolachas Kraft. Há cerca de um mês, 150 operários que foram demitidos fazem passeatas e bloqueios na autopista Panamericana, por onde circulam cerca de 700 mil veículos por dia.

Sem nenhum tipo de controle por parte das autoridades, a cidade de Buenos Aires acumula 440 piquetes que provocaram caos nas principais ruas e avenidas durante 2009. No ano passado, foram registrados 360 bloqueios dos pontos nevrálgicos da capital federal.

 

 

Pedro Santinho

Coordenador do Conselho de Fábrica da Flaskô

Movimento de Fábricas Ocupadas

 

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quarta-feira, 23 de setembro de 2009



Em defesa da democracia e do MST



21 de setembro de 2009



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Bastou realizarmos mais uma jornada de lutas - cobrando o cumprimento de uma pauta de reivindicações apresentada ao governo Lula ainda em 2005 – e exigirmos a atualização dos índices de produtividade agrícola, como estabelece a Constituição Federal, para que viesse a reação.


Os setores mais conservadores do Congresso e da sociedade, liderados pela senadora Kátia Abreu (DEM/TO), começaram a orquestrar uma nova ofensiva contra o MST. Na semana passada, os parlamentares ruralistas protocolaram mais uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) contra o MST - a terceira em menos de 5 anos. É exatamente uma represália à nossa ousadia de solicitar a atualização dos índices de produtividade agrícola, que poderá beneficiar os proprietários rurais que realmente produzem em nosso país.


Os que não produzem, certamente, aprovados os novos índices, terão dificuldades de acessar os recursos dos cofres públicos. Assim, os “modernos” defensores do agronegócio não apenas defendem uma agricultura atrasada, em defesa própria, como também expressam, mais uma vez, seu caráter anti-social e parasitário dos recursos públicos.


Os ruralistas, agora parlamentares, alegam que há uma malversação dos recursos públicos destinados à Reforma Agrária para justificar essa CPI. É um direito deles fazer esse questionamento e elogiamos a disposição de prezar pelos recursos públicos.


Mesmo sabendo que a Confederação Nacional da Agricultura (CNA), que a senadora Kátia Abreu preside, financiou a campanha eleitoral da senadora e até hoje não foi investigada. Mas se há problemas com esses recursos públicos, para que serve o Tribunal de Contas da União (TCU), subordinado ao Congresso Nacional, ou a Receita Federal?


Há a necessidade de criar uma nova CPI ou os objetivos são apenas imobilizar um movimento social e ocupar espaços na mídia para inibir a bandeira da Reforma Agrária? Parlamentares identificados ou coniventes com esses objetivos é que não faltam.


Mas se não nos faltam inimigos da Reforma Agrária, fortalecidos política e economicamente há cinco séculos pela existência do latifúndio, também não nos faltam solidariedade e apoio de incansáveis e valorosas lutadoras e lutadores da Reforma Agrária.


Abaixo, segue o texto do Manifesto. Assine-o e promova sua divulgação. Para assinar, entre em: http://www.petitiononline.com/manifmst/petition.html.


Secretaria Nacional do MST




Pedro Santinho


Coordenador do Conselho de Fábrica da Flaskô


Movimento de Fábricas Ocupadas



(11) 9930-6383


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Trabalhadores da Fábrica ocupada Flaskô apoiam povo de Honduras

Decidimos reforçar a luta Abaixo o Golpe Militar em Honduras  dos povos de Honduras. Entendemos que apenas os trabalhadores podem salvar os trabalhadores, isto quer dizer de maneira prática temos que adotar iniciativas em cada local de trabalho, em cada escola, em cada bairro, com medidas simples, por isso propomos:

1. toda entidade coloque a campanha de solidariedade internacional em seus sites e blogs

2. toda entidade, sindical, popular, democrática, mandatos e outros façam boletim, jornais e outros materiais explicando isto ao seus amigos, seus companheiros explicando ao povo o golpe

3. toda parlamentar aprove nas câmaras de vereadores, de deputados estaduais, de deputados federais moções de solidariedade ao povo de Honduras.

COMPANHEIROS TEMOS QUE POR TODA PARTE DIZER QUE POR TODA A AMERICA OS TRABALHADORES E TRABALHADORAS DERROTARAM AS DITADURAS DAS ÚLTIMAS DÉCADAS MOSTRANDO QUE NÃO ACEITAREMOS MAIS ESTASA MEDIDAS DO IMPERIALISMO.

POR ISSO MAIS DO QUE APENAS A SOLIDARIEDADE INTERNACIONAL AO POVO HONDURENHO É UMA LUTA EM DEFESA PRÓPRIA, POIS SOMOS UMA SÓ CLASSE.

E UM ATAQUE A UM É UM ATAQUE A TODOS. HOJE É HONDURAS, SE DEIXAMOS PASSAR AMANHA PODER SER BOLIVIA VENEZUELA E QUEM SABE MAIS.

 

VIVA A LUTA INTERNACIONAL DOS TRABALHADORES!

 

Pedro Santinho

Coordenador do Conselho de Fábrica da Flaskô

Movimento de Fábricas Ocupadas

 

(11) 9930-6383

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Ato de Solidariedade ao Povo Hondurenho

Ato de Solidariedade ao Povo Hondurenho
Abaixo o Golpe Militar em Honduras

Manifestação
Nesta quarta-feira (23/09), às 14h
Consulado de Honduras em São Paulo
Rua da Consolação, 3.741


A situação em Honduras volta a se agravar. A volta do presidente eleito Manuel Zelaya ontem ao país mais uma vez colocou a verdadeira face dos golpistas: repressão as manifestações, prisões, mortes. A repressão brutal contra os manifestantes que estavam em frente à Embaixada Brasileira e o toque de recolher precisam de uma resposta internacional imediata.

O noticiário de hoje traz que Tegucigalpa está sitiada pelos militares que tentam impedir que as marchas que saíram de várias regiões do país cheguem à capital. Ao mesmo tempo os militares tomaram as ruas tentando impedir que a população se manifeste contra os golpistas. Pelas informações já há vários mortos e a repressão continua. Mas o povo hondurenho não desiste de sair às ruas e se manifestar.

Por isso diversas entidades de direitos humanos, do movimento sindical, popular e estudantil decidiram realizar um ato de solidariedade ao povo Hondurenho, amanhã (23/09), às 14h, em frente ao Consulado de Honduras em São Paulo.

Compareça! Divulgue! Mais informações: (11)3101-8810

domingo, 20 de setembro de 2009

Campanha pede a Lula que receba trabalhadores - compre o seu posta!













A SOCIALIZAÇÃO DA SOCIEDADE

A SOCIALIZAÇÃO DA SOCIEDADE

Rosa Luxemburgo

Dezembro de 1918

Escrito em: Dezembro de 1918.

1ª Edição: Die junge Garde (Berlin); No 2,4. December 1918.

Fonte: 'Gesammelte Werke', Vol. 4, p 431-34, RDA, Berlin, 1970-75 .
Tradução de: Isabel Loreiro.

HTML por José Braz para The Marxists Internet Archive.

Direito de Reprodução: Luxemburg Internet Archive (marxists.org), 1999. A cópia ou distribuição deste documento é livre e indefinidamente garantida nos termos da GNU Free Documentation License.

A revolução do proletariado, que acaba de começar, não pode ter nenhum outro fim nem nenhum outro resultado a não ser a realização do socialismo. Antes de tudo, a classe operária precisa tentar obter todo o poder político estatal. Mas para nós, socialistas, o poder político é apenas meio. O fim para o qual precisamos utilizar o poder é a transformação radical da situação econômica como um todo.

Hoje, todas as riquezas _ as maiores e melhores terras, as minas e empresas, assim como as fábricas _ pertencem a alguns poucos latifundiários e capitalistas privados. A grande massa dos trabalhadores, por um árduo trabalho, recebe apenas desses latifundiários e capitalistas um parco salário para viver. O enriquecimento de um pequeno número de ociosos é o objetivo da economia atual.

Esta situação deve ser eliminada. Todas as riquezas sociais, o solo com todos os tesouros que abriga no interior e na superfície, todas as fábricas e empresas, enquanto propriedades comuns do povo, precisam ser tiradas das mãos dos exploradores. O primeiro dever de um verdadeiro governo operário consiste em proclamar, através de uma série de decisões soberanas, os meios de produção mais importantes como propriedade nacional e em pô-los sob o controle da sociedade.

Só então começa propriamente a mais difícil tarefa: a construção da economia em bases totalmente novas.

Hoje, em cada empresa, a produção é dirigida pelo próprio capitalista isolado. O que e como deve ser produzido, quando e como as mercadorias fabricadas devem ser vendidas é o empresário quem determina. Os trabalhadores jamais cuidam disso, eles são apenas máquinas vivas que têm de executar seu trabalho.

Na economia socialista tudo isso precisa ser diferente! O empresário privado desaparece. A produção não tem mais como objetivo enriquecer o indivíduo, mas fornecer à coletividade, meios de satisfazer todas as necessidades. Consequentemente, as fábricas, empresas, explorações agrícolas precisam adaptar-se segundo pontos de vista totalmente novos:

Primeiro: se a produção deve ter por objetivo assegurar a todos uma vida digna, fornecer à todos alimentação abundante, vestuário e outros meios culturais de existência, então a produtividade do trabalho precisa ser muito maior que hoje. Os campos precisam fornecer colheitas maiores, nas fábricas precisa ser utilizada a mais alta técnica; quando às minas de carvão e minério, apenas as mais rentáveis precisam ser exploradas etc. Segue-se daí que a socialização se estenderá, antes de mais nada, às grandes empresas industriais e agrícolas. Não precisamos nem queremos tirar a pequena propriedade ao pequeno agricultor e ao pequeno trabalhador que, com seu próprio trabalho, vive penosamente do seu pedacinho de terra ou da sua oficina. Com o tempo, todos eles virão até nós voluntariamente e compreenderão as vantagens do socialismo sobre a propriedade privada.

Segundo: para que na sociedade todos possam usufruir do bem-estar, todos precisam trabalhar. Apenas quem executa trabalho útil para a coletividade, quer trabalho manual, quer intelectual, pode exigir da sociedade meios para a satisfação de suas necessidades. Uma vida ociosa, como hoje levam na maioria das vezes os ricos exploradores, acaba. A obrigação de trabalhar para todos os que são capazes, exceto naturalmente as crianças pequenas, os velhos e os doentes é, na economia socialista, uma coisa evidente. Quando aos incapazes de trabalhar, a coletividade precisa simplesmente tomar conta dele – não como hoje, com esmolas miseráveis, mas por meio de alimentação abundante, educação pública para as crianças, boas assistência médica pública para os doentes etc.

Terceiro: a partir do mesmo ponto de vista, isto é, do bem-estar da coletividade, é preciso que os meios de produção, assim como as forças de trabalho sejam inteligentemente administradas e economizadas. O desperdício, que ocorre hoje a cada passo, precisa acabar.

Assim, naturalmente, é preciso suprimir a indústria de guerra e de munição no seu conjunto, pois a sociedade socialista não precisa de armas assassinas. Em vez disso, é preciso que os valiosos materiais e a força de trabalho aí empregados sejam utilizados para produzir coisas úteis. As indústrias de luxo, que hoje produzem todo tipo de futilidades para os ociosos, assim como a criadagem pessoal, precisam igualmente desaparecer. Toda a força de trabalho posta nisso encontrará ocupação mais útil e mais digna.

Se desta maneira criarmos um povo de trabalhadores, em que todos trabalhem para todos, para o bem-estar e o beneficio coletivos, então, quarto: o próprio trabalho precisa adquirir uma configuração inteiramente diferente. Hoje em dia, o trabalho, tanto na indústria, quanto na agricultura ou no escritório é, na maioria das vezes, uma tortura e um fardo para o proletário. As pessoas vão para o trabalho porque é preciso, caso contrário não conseguirão meios de subsistência. Na sociedade socialista, onde todos trabalham em conjunto para o seu bem próprio bem-estar, é preciso ter a maior consideração pela saúde e pelo prazer de trabalhar. Tempo de trabalho reduzido, que não ultrapasse a capacidade normal, locais de trabalho saudáveis, todos os meios para o descanso e o trabalho precisam ser introduzidos, para que cada um faça a sua parte com maior prazer.

Porem para todas as grandes reformas é necessário o material humano correspondente. Hoje atrás do trabalhador, esta o capitalista com seu chicote _ em pessoa, ou através de seu contra-mestre ou capataz. A fome arrasta o proletário para trabalhar na fábrica, na grande propriedade ou no escritório. O empresário cuida então para que o tempo não seja desperdiçado, para que o material não seja estragado, para que seja fornecido trabalho bom e competente.

Na economia socialista é suprimido o empresário com seu chicote. Aqui os trabalhadores são homens livres e iguais, que trabalham para seu próprio bem-estar e benefício. Isso significa trabalhar zelosamente por conta própria, por si mesmo, não desperdiçar a riqueza social, fornecer o trabalho mais honesto e pontual. Cada empresa socialista precisa, naturalmente, de um dirigente técnico que entenda exatamente do assunto, que estabeleça o que é mais necessário para que tudo funcione, para que seja atingida a divisão do trabalho mais correta e o mais alto rendimento. Ora, isso significa seguir essas ordens de boa vontade, na íntegra, manter a disciplina e a ordem, sem provocar atritos nem confusões.

Numa palavra: o trabalhador da economia socialista precisa mostrar que também pode trabalhar zelosa e ordeiramente sem o chicote da fome, sem o capitalista e seus contra-mestres atrás das costas, que pode manter a disciplina e fazer o melhor. Para isso é preciso auto-disciplina interior, maturidade moral, senso de dignidade, todo um renascimento interior do proletário.

Com homens preguiçosos, levianos, egoístas, irrefletidos e indiferentes não se pode realizar o socialismo. A sociedade socialista precisa de homens que estejam, cada um em seu lugar, cheios de paixão e entusiasmo pelo bem estar coletivo, totalmente dispostos ao sacrifício e cheios de compaixão pelo próximo, cheios de coragem e tenacidade para ousarem o mais difícil.

Porém, não precisamos esperar quase um século ou uma década até que tal espécie de homens se desenvolva. Precisamente agora, na luta, na revolução, as massas proletárias aprendem o idealismo necessário e adquirem rapidamente maturidade intelectual. Também precisamos de coragem e perseverança, clareza interna e disposição ao sacrifício para continuar a revolução até a vitória. Recrutando bons combatentes para a atual revolução, criamos futuros trabalhadores socialistas, necessários como fundamento de uma nova ordem.

A juventude trabalhadora, sobretudo, é chamada para esta grande tarefa. Como geração futura, ela formará com toda certeza o verdadeiro fundamento da economia socialista. Ela tem que mostrar já, como portadora do futuro da humanidade, que está à altura dessa grande tarefa. Há todo um velho mundo ainda por destruir e todo um novo mundo a construir. Mas nós conseguiremos, jovens amigos, não é verdade? Nós conseguiremos! Como diz o poema:

Não nos falta nada, minha mulher, meu filho, a não ser tudo que cresce através de nós, para sermos livres como os pássaros: nada, a não ser tempo!

Venezuela: Vitória dos Trabalhadores de Mitsubishi!






Vitória dos Trabalhadores de Mitsubishi!
escrito por O Militante.
terça-feira, 08 de setembro de 2009



Na tarde desta segunda-feira 7 de setembro recebíamos dos camaradas de SINGETRAM (Sindicato dos trabalhadores da fábrica Mitsubishi na Venezuela) a notícia da retirada do pedido de fechamento por parte da gerencia de MMC Automotriz e o reinicio de atividades a partir de 21 deste mesmo mês. Este vitória dos trabalhadores da Mitsubishi deu-se sobre a base da mobilização, a firmeza na defesa da dignidade dos trabalhadores e os postos de trabalho, na genuína democracia sindical no momento de discutir a atuação diante do louckout ("greve" patronal) e à participação conjunta de operários, camponeses, estudantes e comunidades na construção de uma Comuna Socialista que impulsione o Parque Industrial Socialista na zona industrial de os Montões, de Barcelona agrupando às bases do PSUV contra a nova agressão da multinacional japonesa.

A "greve" patronal


No ultimo de 24 de Agosto a empresa concluiu a suspensão de operações na planta de MMC Automotriz, localizada na Zona Industrial dos Montões, em Barcelona, Anzoátegui, paralisando a montadora de maneira unilateral em uma nova tentativa por acabar com o sindicato SINGETRAM. Ao melhor estilo da sabotagem patronal de dezembro 2002, a gerencia da montadora automotriz decidiu pelo fechamento da planta, ameaçando com não retomar operações, a possibilidade de abandonar a produção no país, tudo isto alegando uma suposta anarquia dentro da empresa e uma baixa produtividade dos trabalhadores da planta. Na nota de imprensa publicada o mesmo dia 24 por AFP assinala-se que “A companhia, cuja planta montadora se encontra em Barcelona, no leste da Venezuela, pôs ponto final a seu trabalho devido ‘ao baixíssimo rendimento’ de suas operações ao que se soma ‘o alto nível de absentismo, indisciplina, agressividade e anarquia que impera em um grupo de trabalhadores’”. Como sempre, o explorado tratando de jogar a culpa sobre o oprimido, sobre as vítimas da exploração capitalista que somos os/as trabalhadores/as.

Está claro que a luta conseqüente que tem levado os camaradas de SINGETRAM, dignificando as condições trabalhistas, de segurança e saúde trabalhista, bem como a defesa dos postos de trabalho e a luta contra a terceirização são as causas reais deste fechamento. Trata-se da necessidade do patrão de atacar o sindicalismo classista e combativo, para aumentar a exploração dos trabalhadores e aumentar a mais valia. Isto não está só claro para a gerencia de MMC Automotriz senão para a burguesia venezuelana em geral. Não é casualidade que no dia seguinte que se tornava público o fechamento unilateral da montadora, Noel Álvarez, presidente de FEDECÁMARAS (Sindicato Patronal na Venezuela), declarasse em roda de imprensa seu apoio ao fechamento, atacasse o sindicato assinalando que “o que está sucedendo com a montadora (…) obedece a um aprofundamento dos conflitos trabalhistas, que tem acontecido de maneira recorrente em outras empresas, quando um grupo de sindicalistas em vez de defender seus interesses, atuam de maneira política” e adicionalmente “advertiu que não só resultará afetada a economia do estado Anzoátegui, senão que também uma grande quantidade de trabalhadores vão ficar desempregados”. Inclusive em um arrebate de cinismo, Álvarez chegou a dizer que os empresários estão “empenhados” em tratar de melhorar as relações. Isto quando não só desde 1998 estamos vivendo o período de maior “greve de capitais”, isto é, dos próprios patrões, no país e sobretudo nos últimos anos tem aumentado a campanha de sabotagem por parte da burguesia à economia nacional, agravada agora pela atual crise capitalista que está golpeando o país.

“O incremento dos sindicatos é de 300% aproximadamente e, em sua maioria, têm caráter partidária, o que causa paralelismo sindical e a paralisação de atividades, que afetam profundamente a corrente produtiva do país”, assinalava Álvarez. O problema central para a burguesia, como temos assinalado diferentes vezes, é que produto do processo revolucionário deu um re-impulso à consciência e combatividade da classe operária e tem varrido em muitos casos com a velha burocracia sindical, submetidas aos desejos da patronal e complacente com as retiradas dos direitos trabalhistas a os/as trabalhadores. Segundo escreveu o diário burguês O Nacional, “os problemas sindicais têm estado marcados pela penetração de ideologias políticas que nada tem que ver com as reivindicações contratuais e afetam a empresas, empregados e consumidores”. É justamente a elevação da consciência de classe e os elementos de democracia operária que se geraram em muitos dos novos sindicatos que têm surgido desde a base o que realmente teme esta gente. É justamente o questionamento às relações de produção, a entender que o poder real está é em mãos dos trabalhadores e que não precisamos de patrões e empresários para produzir, porque somos justamente nós quem geramos a riqueza. Este é caminho que está propondo o Presidente Chávez e que estão seguindo os trabalhadores de MMC automotriz.


A inspetoria do trabalho opõe-se ao fechamento.


O Ministério do Trabalho imediatamente qualificou a ação dos gerentes como um fechamento patronal unilateral injustificado e exigiu a imediata abertura da planta e o reinicio das atividades produtiva, tudo isso ademais quando os camaradas de Singetram demonstraram a falsidade das imputações do pleito que apresentava a empresa.. Assim mesmo, a inspetoria, mediante decisão administrativa adotada desde a mesma segunda-feira, impôs a MMC Automotriz a obrigação de pagar os salários e benefícios trabalhistas devidos para os/as trabalhadores/as, dado que a suspensão se deriva de uma ação unilateral do patrão, segundo escreveram os meios. No entanto, a gerencia negou-se à reabertura indicando em um comunicado que supostamente “Não estão dadas as condições de segurança necessárias para operar e, portanto, se justifica a paralisação das atividades”. Em concordância com sua argumentação inicial para o fechamento da planta, o comunicado com que recusavam a ordem de reabertura indicava que “Panfletos e cartazes com ameaças à vida de vários colegas de traabalho, quem têm interposto denúncias no Ministério Público, demonstram que o clima de agressão e violência imperava dentro das instalações da empresa sob uma absoluta impunidade”. No entanto, recordemos que é a própria gerencia de MMC Automotriz a que esteve implicada na repressão sangrenta com o assassinato dos colegas Pedro Suárez e Javier Marcano, bem como vários feridos de bala quando usando um comando do GRIP de Poli Anzoátegui tentaram retomar o controle da planta a sangue e fogo no último dia 29 de Janeiro de 2009.

No que diz respeito às acusações da gerencia de MMC Automotriz, já o camarada Félix Martínez secretário geral de Singetram, tinha esclarecido que enquanto no último dia 21 de março se chegou a um acordo com a empresa de produzir 60 veículos ao dia, “isto estava condicionado a que MMC cumprisse com os benefícios trabalhistas. Em vez disso, vêm acossando aos trabalhadores, incitando à violência. Queremos deixar claro que o que está passando dentro da empresa é unicamente responsabilidade da gerencia que não tem capacidade de responder”. Inclusive assinalou a grave situação humanitária que se gerava com a suspensão por parte da empresa de “as terapias de reabilitação de 125 doentes ocupacionais”, parceiros/as que tinham gastado sua saúde lhe produzindo riqueza a estes parasitas em condições de super exploração que agora os querem jogar como se fossem sucatas.

Sucesso da Assembléia popular para formar A Comuna Socialista.

Este conflito novamente tem demonstrado o papel primordial que pode e deve jogar a classe trabalhadora na revolução e a importância da democracia operária nas organizações sindicais e como estas podem nuclear e promover a criação de órgãos de luta revolucionários que aglutinem não só aos trabalhadores/as de uma empresa em particular, senão também construir a unidade da classe através da luta concreta e se aproximar aos demais setores oprimidos. Já desde o dia 25 de Agosto, quando os trabalhadores/as de MMC Automotriz se reuniram com representantes do Ministério do Trabalho em Anzoátegui para iniciar os procedimentos legais para responder as pretensões do patrão, o Singetram anunciava que o caminho para lutar contra as pretensões de fechamento da planta passava pela ação conjunta dos trabalhadores da zona industrial de Os Montões de Barcelona junto aos Conselhos Comunais da zona e seus arredores, além da participação de camponeses e estudantes.

Assim, no último dia 28 de Agosto se realizou na Zona Industrial de Os Montões uma grande Assembléia Popular onde participaram os diversos sindicatos que da região, bem como conselhos comunais dos arredores, esclarecendo a situação do louckout ("greve" patronal) e propondo a idéia de criar na zona uma Comuna Socialista tal como tem proposto pelo Presidente da República que desde as bases e de maneira organizada de respostas concretas aos problemas que afetam a os/as trabalhadores/as da zona mas também às comunidades proximas. Fizeram-se os preparativos para instaurar uma grande assembléia realizada no sábado 5 de Setembro para conformar uma equipe promotora da Comuna Socialista, aglutinando à maior quantidade de sindicatos da zona, bem como Conselhos Comunais, Camponeses/as e Estudantes.

Com mais de 750 pessoas, no sábado iniciou-se esta nova assembléia com a participação da maioria dos sindicatos da zona industrial, conselhos comunais de Barcelona e inclusive alguns de Porto A Cruz, parceiros/as da Frente Nacional Camponês Ezequiel Zamora e estudantes da UNESR e UDO principalmente. O ambiente era claramente de entusiasmo e combatividade. Desta maneira, discutiram-se não só os problemas trabalhistas que há nas empresas da zona industrial, particularmente o caso de MMC mas também de empresas como VIVEX, que leva já mais de 8 meses de ocupação ante os ataques do patrão. Uns 50 assistentes à Assembléia decidiram-se a constituir ativamente o Comitê Promotor da formação da Comuna Socialista da Zona Industrial dos Montões e assim começar a dar soluções concretas aos problemas que afetam à zona.

Vitória operária e popular: Derrotado o louckout ("greve" patronal)


Já na tarde de ontem nos comunicavam os camaradas de SINGETRAM que finalmente o patrão tinha desistido do fechamento e se firmou a data para a reabertura da planta no dia 21 de Setembro. Segundo uma nota publicada no dia de hoje pelo diário burguês O Tempo, “A montadora anunciou o reinicio das operações para o próximo 21 de setembro, assinalando que diversas disposições legais abrem passo à restituição das condições de segurança para funcionar.” Adicionalmente, a nota do Tempo assinala que “Sem oferecer detalhes do acordo atingido entre a empresa e seus trabalhadores, a planta assinala, mediante um comunicado, que prosseguirá em seu plano de melhoras relativas a higiene e segurança trabalhista, e espera que se cumpra a ordem legal que proíbe a circulação, dentro de suas instalações, de propaganda que incite à violência.”

A realidade é que o patrão tem tido que desistir como conseqüência da correta mobilização dos trabalhadores não só de Mitsubishi senão de grande parte da zona industrial, envolvendo ao PSUV, à Frente Socialista de Trabalhadores e a unidade de ação construída em diversas assembléias populares na qual participaram também camponeses, estudantes e conselhos comunais da zona. A tarefa é agora continuar organizando à base revolucionária, desenvolver as patrulhas trabalhistas do PSUV para que os trabalhadores e as comunidades estejam preparados para as novas arremetidas da multinacional MMC e impulsionar a Comuna Socialista do parque industrial "Os montões" com o fim de dar solução ao abandono ao que a burguesia e a burocracia estatal tem abocada à zona.

México: Carta aberta pela estatização de Olympia sob controle operário

Companheiros

 

 

Abaixo nos da fábrica ocupada Flaskô e do Movimento Nacional de Fábricas ocupadas publicamos carta dos companheiros da Olympia, fábrica em luta no México, e pedimos o apoio de todos pois esta é a mesma luta que desenvolvemos no Brasil.

 

 

Pedro Santinho

Coordenador do Conselho de Fábrica da Flaskô

Movimento de Fábricas Ocupadas

 

(11) 9930-6383

http://www.defenderaflasko.blogspot.com/

 

 

 

México: Carta aberta - Pela estatização de Olympia sob controle operário
escrito por Gerardo S. Xicoténcatl Lima

15 September 2009

Os trabalhadores da fábrica Olympia de México S.A. de C.V. estamos em greve em defesa de nossos direitos. No próximo dia 15 de setembro nosso movimento grevista cumprirá oito meses.

Felipe Calderón Hinojosa
Presidente de México

Enrique Peña Neto
Governador do Estado de México

Javier Lozano
Secretário do trabalho

Fernando Gómez Mont
Secretário de gobernación

María Guadalupe López Pérez
Presidenta da Junta Especial #29 Federal de Conciliación e Arbitragem



PRESENTES:

Como vocês sabem, nós que trabalhamos na fábrica Olympia de México S.A. de estamos em greve em defesa de nossos direitos. No próximo dia 15 de setembro nosso movimento grevista cumprirá oito meses. A greve começou  diante do reiterado não cumprimento pelos patrões de uma série de encargos trabalhistas estabelecidas na Lei Federal do Trabalho e por nosso Contrato Coletivo, e porque ademais eles simplesmente deixaram de pagar nossos salários correspondentes às duas primeiras semanas de janeiro. Ante os abusos e o cinismo dos altos diretores e os proprietários da empresa, não nos sobrou outro remédio que o de tomar o caminho da greve para reclamar o que legitimamente nos pertence.

Desafortunadamente este conflito trabalhista estendeu-se já em vários meses diante da falta de seriedade da empresa para atender todas nossas demandas. Isso tem sido a tônica geral por parte dos patrões ao longo dos oito meses de greve; diante tal indiferença e o evidente desinteresse dos patrões para pôr a produzir a empresa bem como para manter nossa fonte de trabalho aberta (tanto a de nós como trabalhadores sindicalizados e a de nossos colegas empregados) se transformaram nas razões que nos motivaram a levantar como demanda o pedido do direito constitucional de que Olympia de México seja estatização pelo Estado para salvar da catástrofe provocada pelos patrões e evitar desta maneira que nossos empregos sejam destruídos. Não obstante, não estamos solicitando uma estatização em abstracto, senão que ademais a empresa fique sob o controle e administração direta e democrática de todos os que nela trabalhamos. Pensamos que esta última é a melhor garantia para que uma empresa estatizada prospere e evitar que ao passo do tempo termine sendo arruinada e presa de todas as corruptelas e rapina produto de uma administração sob mãos de representantes do governo.

Desgraçadamente, enquanto a empresa tem retrocedido em certa medida fazendo-nos diferentes ofertas para terminar a greve, a atitude de indolência segue sendo muito similar à que se tinha desde que começou a greve no passado 15 de janeiro. Consideramos insuficientes as ofertas feitas até o momento pelos patrões, mas também pensamos que o objetivo que pretendem estes últimos é o de nos obrigar a ceder em nossas demandas, utilizando o esgotamento e o desgaste como recursos. Todo isso ao mesmo tempo que estamos convencidos de que em tudo isto, tanto as autoridades federais como estatais, têm sido cúmplices de dita estratégia e se puseram a serviço dos patrões de Olympia de México S.A. de C.V.

Lamentavelmente, e para má fortuna dos patrões e as autoridades governamentais, o estratagema que organizaram na contramão de nossa greve tem fracassado rotundamente. Nossa luta, contrário ao que vocês esperavam, se fortaleceu ao longo de todos estes meses, conseguindo ademais o apoio manifesto e com ações concretas de uma camada importante de sindicatos e sindicalistas de México e de vários países mais. Hoje nossa moral é boa e nossos ânimos por defender o que legitimamente é nosso e de nossas famílias se fortaleceu. Não cederemos até nos sentir satisfeitos de que o que se conseguiu é a reivindicação de nossa luta. No entanto o que não vamos seguir tolerando é da patronal a estratégia de desgaste nem a cumplicidade com isto por parte das autoridades federais e estaduais. Não vamos seguir tolerando nenhuma forma de deboche mais e, pelo contrário, intensificaremos mais nossas ações desenvolvendo uma agitação ainda maior entre as fábricas da região do Estado de México em que se localiza Olympia de México S.A. de C.V, bem como em outros pontos do Edomex e do DF.

Chamaremos com mais força ainda a todos esses trabalhadores a que sigam o mesmo caminho que o nosso em defesa de seus interesses e desenvolveremos mais mobilizações. Temos sido pacientes, mas a paciência está se esgotando. Se a empresa e as autoridades governamentais seguem pelo mesmo caminho não nos deixassem outro remédio mais que o de fazer exatamente o que fizeram os operários argentinos da fábrica de cerâmicas de Zanón que, depois do fechamento patronal da empresa, no ano 2000, tomaram a fábrica sem permissão de ninguém para a pôr a produzir sob seu controle direto. Dessa forma os operários argentinos de Zanon iniciaram a luta pela defesa de sua fonte de trabalho, fazendo ao patrão de um lado e na contramão da vontade do governo desse país. A determinação dos trabalhadores de Zanon por seguir adiante já tem dado como resultado que recentemente, em agosto passado, o parlamente argentino tenha votado e avalizado a expropriação definitiva de dita empresa a favor dos trabalhadores. Se alguém de vocês não conhece esta história basta apenas que marquem ao número telefônico da embaixada argentina para que lhes dêem um relatório detalhado ao respeito e das enormes dores de cabeça que tem significado tanto para a burguesía como para o regime argentino, o movimento de fábricas recuperadas sob controle operário. Se não nos deixam outro recurso, não nos ficará outro caminho aos trabalhadores de Olympia de México S.A. de C.V. mais que o de atuar exatamente da mesma maneira que o fizeram nossos irmãos de classe em Zanón.

É por todos os argumentos antes expostos que todos os trabalhadores de Olympia de México S.A. de C.V. novamente nos mobilizaremos nesta próxima quarta-feira 23 de setembro em direção à Câmera de Deputados, em San Lázaro, para exigir formalmente a expropriação de nossa empresa. Desde nosso ponto de vista a melhor garantia de salvar nossos empregos e defender nossos direitos como trabalhadores é arrebatar a empresa das garras dos patrões.

Ao mesmo tempo, nessa jornada de luta também exigiremos que as autoridades trabalhistas tirem suas mãos de Olympia de México deixando de atuar de maneira parcial e em cumplicidade com os patrões.

Assim mesmo, aproveitamos esta oportunidade para convidar a todos os jovens estudantes e trabalhadores a unir a esta jornada de luta participando ao lado de nós e se mobilizando na quarta-feira 23 de setembro. A ação será às 8 am no estacionamiento do Burguer King localizado na esquina de Boulevard Porto Aéreo e a Calçada I. Zaragoza.

Os trabalhadores de Olympia de México S.A. de C.V. já estamos incomodados das cumplicidades entre patrões e o governo; já estamos cansados de que nossos direitos sejam pisoteados; já estamos fartos da exploração capitalista. Não desfaleceremos em nossa luta e iremos tão longe como tenhamos que ir contanto que nossos direitos se façam valer.

Atenciosamente

Gerardo S. Xicoténcatl Lima

Secretário Geral do Sindicato Industrial de Olympia de México S.A. de C.V.

Sindicato valente que luta por sua gente!

13 de setembro do 2009

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Ampliando a luta


Como funciona o capitalismo

Curso de Formação Política

“Como funciona o capitalismo”

Roteiro: o desenvolvimento do capitalismo - mais-valia - acumulação - crise - papel do Estado.

Duração: 16 horas

N° mínimo de participantes: 20

Dias 03 e 04 de outubro, (sábado e domingo) das 9h00 às 17h00.

Local: Flaskô (Rua 26, n° 300 – Pq. Bandeirantes – Sumaré/SP – saída km 107 da Anhanguera)

Realização: Flaskô e Esquerda Marxista

Inscrições com Alexandre:

3854-7798 / 8129-6637 ou por juridicoflasko@yahoo.com.br

“Quem sabe mais, luta melhor”

· O curso é desenvolvido pela metodologia do Núcleo de Educação Popular 13 de maio, que realizada trabalhos de formação política, junto aos movimentos sociais e sindicais desde 1982.

domingo, 13 de setembro de 2009

Rede de Solidariedade aos Trabalhadores Iranianos

Companheiros

 

Acompanhem a luta dos operários iranianos. Este é o site da campanha em português.

http://www.iwsn.org/portugues.htm

IWSN logo

Rede de Solidariedade aos Trabalhadores Iranianos

شبکه همبستگی کارگری

BM IWSN, London WC1N 3XX, England.

iranwsn@fastmail.fm
http://www.iwsn.org/

 

Liberdade para Abbas Hakimzadeh!

Depois da libertação de Mohsen Hakimi e o segundo ataque contra os estudantes da Universidade Amir Kabir, a Rede de Solidariedade aos Trabalhadores Iranianos (IWSN, da sigla em inglês) quer destacar o horrível trato que as forças de segurança do regime iraniano estão propiciando a Abbas Hakimzadeh para denunciar a contínua repressão que sofrem os trabalhadores, estudantes, mulheres, minorias nacionais e outros muitos setores da sociedade iraniana. Abbas Hakimzadeh é um dos quatro prisioneiros políticos cuja situação publica a IWSN.

Abbas Hakimzadeh, membro do Conselho Central do Escritório para a Promoção da Unidade (o grupo de estudantes pró-reforma maior) e antigo membro da Sociedade Islâmica da Universidade Amir Kabir, foi preso em 24 de fevereiro. Agentes do Ministério de Inteligência prenderam-lhe a ele e a vários estudantes após ataques violentos e se negaram a responder às perguntas das famílias a respeito de seu estado e paradeiro.

Em junho de 2007 Abbas Hakimzadeh foi um dos dois estudantes da Universidade Amir Kabir (Politécnica de Teerã) que foi encarcerado na conhecida prisão Evin. Em 13 de junho um grupo de estudantes gritava consignas como "Abaixo o ditador" e "Abaixo o despotismo", o que provocou uma reação violenta por parte dos guardas da prisão. O virulento ataque deixou a Hakimzadeh em coma, depois de ser golpeado pelos guardas.

A crise na Universidade Amir Kabir começou em 30 de abril de 2007, quando os estudantes publicaram uma revista que continha artigos que os servidores públicos da universidade consideraram insultos ao Islã.

• Liberdade para Abbas Hakimzadeh!
• Ferir a um é ferir a todos!
• Liberdade para todos os prisioneiros políticos do Irã!

Primeira Página

 

 

Pedro Santinho

Coordenador do Conselho de Fábrica da Flaskô

Movimento de Fábricas Ocupadas

 

(11) 9930-6383

http://www.defenderaflasko.blogspot.com/

 

Ferroviários encerram greve de 10 dias com grande vitória!

Roque Ferreira
Outros artigos deste autor

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Os ferroviários da ALL que estavam em greve desde 31/08 em SP e MS, conquistaram grande vitória mostrando que com luta os trabalhadores podem tudo. Publicamos aqui a carta do sindicato que inicia campanha financeira operária para pagar os custos da greve.

 

A todas as entidades do Movimento Sindical

Os ferroviários da Novoeste/ALL, dos Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul entraram em greve por tempo indeterminado em 31 de Agosto, sendo encerrada hoje (10/09) às 7:00 horas, depois de audiência de conciliação no TST em 09/09/2009.

A greve se deu em virtude da intransigência da empresa em negociar a Pauta de Reivindicações da Categoria, para firmar acordo para o ano de 2009, já que nossa data-base é 1º de Janeiro.

A empresa tentou a todo custo impor a precarização das condições de trabalho, como o Banco de Horas, Aumento de Jornadas de Trabalho, Reajuste Salarial Zero, entre outras medidas que atacavam os direitos da categoria.

Como era de se esperar, depois de oito meses de negociações e de um amplo processo de organização e mobilização da categoria, foi deflagrada a greve que alcançou 89% dos ferroviários de operação, tração e manutenção.

Os companheiros sabem, por conhecimento de causa, que uma greve implica em muitos gastos para o sindicato, e essa, se prolongou por 10 dias, mas, alcançamos vitórias importantes: A principal delas foi a mobilização, a organização e a unidade na luta da categoria, criando condições para que na audiência no Tribunal, chegássemos à seguinte conciliação:

- Manutenção na integra do Acordo Coletivo 2008 para o ano de 2009;
- Elevação em torno de 16% dos pisos salariais do pessoal de operação, tração e manutenção;
- Reajuste linear de 6% para todos os empregados;
- Abono de R$ 500,00, como forma de compensação pelo atraso nas negociações;
- Elevação do pagamento de diárias de viagem;
- Obrigação da empresa em 60 dias de contratar mão de obra para adequar o quadro e reduzir as jornadas de trabalho;
- Estabilidade no emprego por 60 dias e o não desconto dos dias parados.


Companheiros, uma greve de 10 dias, numa ferrovia que tem 1640 Kms de linha, só pode ser feita com muita organização e consciência dos trabalhadores, além de implicar em altos custos.

Nosso sindicato não possui grande estrutura material e tivemos que arcar com despesas que giraram em torno de 57 mil reais, para realizar este movimento vitorioso, o que prova que apesar das dificuldades conjunturais, quando os trabalhadores organizados se colocam em luta, alcançam seus objetivos.

Nesse momento, precisamos de apoio financeiro para fazer frente às despesas, por isso apelamos a todas as entidades comprometidas com as lutas da classe trabalhadora que nos enviem contribuições financeiras. Esta é a solidariedade de classe.

Doações, de qualquer valor, devem ser feitas na seguinte conta bancária:

Banco do Brasil
Agência 2980-7
CC 4570-5
em nome do Sindicato


Antecipamos nossos agradecimentos.

Saudações Sindicais
Roque Ferreira
Coordenador

SINDICATO DE TRABALHADORES EM EMPRESAS FERROVIÁRIAS
DE BAURU, MATO GROSSO DO SUL E MATO GROSSO – CUT

sinferrobru@uol.com.br

 

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Trabalho Escravo em Usina da Votorantim - leia

Obras da Votorantim utilizavam 98 trabalhadores em condição escrava

 

 

 

O Ministério Público do Trabalho, através de seus fiscais, resgatou 98 trabalhadores em condição semelhante à de escravidão nas obras da Usina Salto do Rio Verdinho, no interior de Goiás. Sob a responsabilidade da Votorantim Energia, a construção faz parte do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), que tem financiamento de R$ 250 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Os trabalhadores foram privados de camas e banheiros e não recebiam salários – o trabalho era trocado por comida. Eles trabalhavam para uma empresa terceirizada, a Construtora Lima e Cerávolo, responsável pelo desmate da área da usina. O coordenador da Comissão Pastoral da Terra (CPT), José Neto, falou sobre a responsabilidade da Votorantim no caso.

“A Votorantim contratou a empresa, então deve ter todas as informações referentes a esta empresa. Se a empresa fere as leis trabalhistas e a dignidade humana, a Votorantim tem que estar ciente disto e fiscalizar, senão a Votorantim se omite e vira cúmplice deste fato.”

Para José Neto, o caso serve para desmistificar a ideia de que o uso de trabalho escravo não acontece em construções.

“Tem que se descaracterizar que só a cana e plantações de monocultura têm trabalho escravo. Ele existe em outras situações, sempre ligado a grandes produtores ou grandes empresas, como neste caso da Votorantim.”

Após a denúncia, a Votorantim pagou as dívidas que possuía com os trabalhadores, que somou um total de R$ 420 mil. Os trabalhadores também foram transportados para as suas cidades de origem. O contrato com a empresa Construtora Lima e Cerávolo foi cancelado.

De São Paulo, da Radioagência NP, Ana Maria Amorim.

08/09/09